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Olhando seus modos: a relatividade linguística em movimento

Resumo

Os falantes refletem sobre o mundo de forma diferente, dependendo da língua que falam? Nos últimos anos, essa pergunta gerou um interesse substancial nas ciências cognitivas, parcialmente motivado pelas observações de Talmy (1985; 2000) a respeito da tipologia das descrições de movimento. Entretanto, variadas pesquisas (CIFUENTES-FEREZ; GENTNER, 2006; GENNARI et al. 2002; NAIGLES; TERRAZAS, 1998; PAPAFRAGOU; HULBERT; TRUESWELL, 2008; entre outras) obtiveram resultados diferenciados entre si, impedindo-nos de chegar próximo à compreensão integral do papel da linguagem na cognição de eventos de movimento. Neste artigo, faz-se uma revisita às análises linguísticas, combinando as observações de Talmy com as de Slobin (2004) para reconsiderar a questão da saliência diferencial de Modo (Manner) entre as línguas. Apresentam-se resultados de três estudos que sugerem que as diferenças translinguísticas na saliência de Modo são relacionadas à probabilidade de os falantes codificarem informações sobre Modo, alinhados com o que postula a hipótese da Relatividade Linguística.

Palavras-chave:
Relatividade linguística; Verbo de movimento; Saliência de modo.

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