Resumo
O artigo se propõe a apresentar dois eixos comuns a dois autores paradigmáticos da interpretação da formação social brasileira: Oliveira Vianna e Gilberto Freyre. De um lado, evidencia-se os caminhos que buscaram para velar e diluir o antagonismo entre dominados e dominadores, o que passou pela modernização do discurso conservador que acompanhou a amplitude e a intensidade das tensões sociais. De outro lado, destaca-se as saídas que estes autores sugeriram para acomodar as crescentes tensões entre as oligarquias regionais. Para tanto, mostramos que ambos idealizaram o passado colonial com o intuito de forjar uma narrativa sobre a cultura nacional que legitimasse um equilíbrio mais estável das estruturas de poder no Brasil, coincidindo com suas defesas da segregação social.
Palavras-chave:
Conservadorismo; Segregação Social; Oliveira Vianna; Gilberto Freyre