Resumo
O artigo busca dar uma contribuição ao rico debate entre a tese da individualização de Ulrich Beck e o paradigma da desigualdade social estruturada. Enquanto os defensores da tese da individualização postulam um desacoplamento entre ação social e origem de classe, os adeptos do paradigma da desigualdade estruturada o negam. A tese principal do artigo é que não se trata de um desacoplamento entre origem de classe e ação social, mas sim de um afrouxamento nas relações de interdependência entre as formas de desigualdade e ação dos diferentes sistemas sociais, de modo que o seu significado para a ação social no interior de outro sistema torna-se contingente.
Palavras-Chave: Individualização; Desigualdade social; Diferenciação funcional; Ambiente social; Sistemas sociais