O Samusocial de Paris é uma organização não governamental, financiada pelos poderes públicos para implementar uma política de atendimento social a moradores de rua. As equipes da organização, compostas por um assistente social, uma enfermeira e um motorista, fazem rondas diurnas e noturnas pelas ruas da capital francesa. Este artigo propõe uma etnografia fenomenológica das experiências corporais (sensoriais, afetivas e morais) que se dão nos encontros entre os profissionais das equipes do Samusocial e os moradores de rua que eles atendem. Tenta-se compreender as inferências práticas e os procedimentos interpretativos postos em marcha pelos agentes dessas interações específicas.
Etnografia fenomenológica; Samusocial; Moradores de rua; Política social de emergência