Resumo:
Este artigo tem como foco a atuação da Igreja Católica e a formação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na região da Baixada Fluminense durante a ditadura militar brasileira (1964-1988). Nas disputas pela memória sobre a ditadura, a Igreja Católica aparece quase que exclusivamente associada ao clero progressista e à resistência ao regime. Nessa chave interpretativa, as CEBs são vistas como expressão da vitória de um projeto progressista, e não como resultado de um consenso da instituição em relação à necessidade de ampliação da participação de leigos para a expansão da fé católica em território brasileiro. Propõe-se compreender a atuação das CEBs durante a ditadura a partir dos diálogos com a historiografia mais recente sobre o tema e com novas fontes históricas.
Palavras-chave:
Ditadura Militar; Igreja Católica; Comunidades Eclesiais de Base; Baixada Fluminense