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A ANTROPOLOGIA DA DEMOCRACIA. O DEMOCRATA NA ORAÇÃO FÚNEBRE DE PÉRICLES

Resumo

No presente artigo nos propomos refletir acerca do porquê, na Oração Fúnebre de Péricles, a democracia produz indivíduos qualitativamente superiores aos demais regimes políticos. A conclusão é que, como dignos sucessores da herança de seus antepassados, não somente multiplicaram a herança ampliando o império, senão transformando, também, a autoctonia em autarquia e esta em liberdade. À convicção do esforço como meio de alcançar seus objetivos somaram-se o valor da reponsabilidade (tanto em sua vida pública quanto privada, unindo assim a autonomia e a tolerância pessoais à liberdade, à igualdade e ao mérito públicos) e o hedonismo, que buscaram compatibilizar com o valor e a planificação racional de seus empreendimentos. Daí surgiu um indivíduo novo, que sintetizava em sua pessoa ao menos dois dos não democratas e liberava o raio de ação dos valores para reger relações sociais até então desconhecidas. Finalmente, considerou dignos de recordação não somente os êxitos, senão também os fracassos, isto é transladou a moralidade desde o mundo exterior ao mundo interior, regido pela consciência.

Palavras-chave:
Péricles; Atenas; Democracia; Individualismo; Liberdade; Igualdade; Mérito; Valores; Ação; Consciência

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