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AMORTE, A ESCRITA DO IMPOSSÍVEL NA TRAGICOMÉDIA DA PARCERIA AMOROSA

AMORTE, THE WRITING OF THE IMPOSSIBLE IN THE TRAGICOMEDY OF LOVING PARTNERSHIP

Resumo

O presente texto se propõe a discutir a escrita machadiana no romance Memórias póstumas de Brás Cubas em uma interlocução entre literatura e psicanálise, com o objetivo de apresentar um paradigma no qual a escrita póstuma do personagem Brás Cubas se destaca como metodologia, através da qual Machado de Assis expõe o mal-estar inscrito na articulação entre amor e morte. Para tanto, evidencia-se que os elementos trágicos e cômicos presentes na parceria amorosa cooperam para a visualização de uma perspectiva na qual a escrita é uma tentativa de dar conta do real sem encobri-lo, elaborando um procedimento estético e uma complexidade discursiva com a qual a escrita machadiana bordeja o impossível.

Palavras-chave:
Amorte; psicanálise; impossível; escrita machadiana

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