Este artigo objetiva situar a presença da infância e da criança em alguns contos e romances de Machado de Assis. Partindo-se da ideia de que a infância é entendida como uma época fundamental da existência humana, pretende-se ressaltar a recuperação desse tempo via memória, como definidora do reconhecimento de si mesmo. Busca-se, ainda, com base no entendimento de que a escrita machadiana representou um exercício de interpretação da alma humana, verificar de que maneira o escritor situa a figura infantil face às atitudes que demandam o reconhecimento do outro. Por fim, por intermédio do pensamento de Machado de Assis, vertido em ficção, pretende-se mostrar como suas ponderações podem ajudar a melhor compreender as complexas questões que envolvem criança e infância em nossa contemporaneidade.
infância; criança; narrativa; costumes; contemporaneidade