A partir dos testemunhos e das memórias dos cirujas (catadores de lixo) que viveram e trabalharam em La Quema, Buenos Aires, o artigo recupera os sentidos que esta atividade adquiriu. Ao tomar os relatos registrados trinta anos depois do fechamento de La Quema, em um contexto de crescimento da atividade, argumentamos que os cirujas históricos constroem seu passado contraposto às formas presentes, o que lhes permite tornar mais confortável um passado de forte marginalização social. A análise dessas memórias nos permite focar nos discursos em torno de ser e de ter sido trabalhador na Argentina.
Catadores; Lixo; Buenos Aires; Memória; Desemprego