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Por uma teoria espacial do parentesco

Partindo de algumas similaridades formais cruciais entre o parentesco e as estruturas espaciais (ambas concebidas como estruturas de percepção das relações mútuas), o artigo propõe tratar a organização matrimonial e residencial como formando um sistema único, que não pode ser entendido a partir de suas partes isoladas. A partir dessa perspectiva, as múltiplas combinações empíricas dos padrões de casamento e residência apresentam-se como soluções diferentes para a mesma questão: o problema de relacionar grupos de parentesco que enviam continuamente membros para outros grupos, sem que esses membros 'móveis' sejam desvinculados de seu grupo de parentesco original. De acordo com a forma como o parentesco e sua transmissão são concebidos, três tipos básicos de soluções se apresentam, cada qual originando um modelo diferente de casamento e organização de residência. Esses modelos são aplicados a evidências etnográficas de quatro diferentes partes do mundo (Indonésia Oriental, Brasil Central, Vale do Missouri e Costa da Guiné).

Parentesco; Espaço; Residência; Casamento; Antropologia Estrutural


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