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Por uma antropologia da paisagem da revolta ruinação, iconoclastia e antropofagia na praça dignidade

Resumo

O artigo explora desde um olhar antropológico os processos de construção da paisagem dos protestos através de três dispositivos conceituais: a ruinação, a iconoclastia e a antropofagia. Com base em um trabalho de campo etnográfico e arqueológico desenvolvido no centro histórico de Santiago do Chile entre outubro de 2019 e março de 2020, se exploram e caracterizam esses processos focando nas transformações materiais acontecidas na praça pública, na igreja e no monumento. Nosso argumento é que no exercício de construção de uma paisagem dos protestos como espaço de resistência e desejo se expressam memórias, raivas e heterotopias que permitem exorcizar os espectros de um passado recente de violência política, além de possibilitar a construção de uma comunidade emocional para iniciar o processo de transformação política e cultural que hoje se expressa na escritura de uma nova Constituição para o Chile.

Palavras-chave:
Revolta; Ruinação; Antropofagia; Iconoclastia; Chile

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