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Plasticidade e pessoalidade no espiritismo crioulo cubano

Neste artigo defendo que as formas crioulas do espiritismo cubano propõem uma sofisticada cosmologia do Self, na qual a psique humana e seu universo circundante de espíritos protetores são incorporados em uma só relação de produção mútua. Estas teorizações subvertem leituras lineares de identidades (entidades) espirituais como fragmentos de imaginários nacionais, sugerindo em seu lugar a importância de um cosmos fluido, plástico, onde as formas espirituais dependem de repertórios culturais e pessoais, formas estas que também permanecem parcialmente "outras" para quem as apreende, retendo assim a sua capacidade transformadora. Estes temas são explorados por meio de uma justaposição de discursos antropológicos e indígenas sobre a psicologia das manifestações espirituais, e também através da observação de casos de mais amplo alcance de plasticidade ontológica no espiritismo e na religião afro-cubana.

Cosmologia; Espiritismo; Plasticidade; Religião afro-cubana; Self


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