Resumo
Analisamos os modos com que alguns coletivos indígenas toba qom e pilagá de Formosa, Argentina, se relacionam com o passado no marco de pesquisas participativas focadas na produção de memórias junto com atores não indígenas. Consideramos os modos com que a história recente se sedimentou nos posicionamentos atuais dos coletivos e indagamos sobre situações concretas de produção de memórias identificando noções-chave e tensões na elaboração de historicidades. Observamos que tais noções divergem entre os dois coletivos. No caso qom, ativar memórias sobre a “cultura” do passado faz parte dos projetos e das práticas cotidianos de algumas/alguns atores com os quais trabalhamos. Já entre nossas/os interlocutores pilagá, o trabalho de memória sobre o passado indígena prioriza a reflexão e a indagação sobre episódios de violência sofridos por eles.
Palavras-chave:
Historicidade; Qom; Pilagá; Produção de memória; Chaco argentino; Pesquisa participativa