Neste trabalho, são discutidos alguns aspectos do debate conceitual que cerca as noções de campesinato e sociedade camponesa e as transformações sociais no campo, ressaltando o problema da relação dos camponeses com o Estado. A análise destaca um exemplo significativo dessa relação, a colonização estrangeira, resultante de políticas públicas voltadas para a ocupação de terras devolutas, iniciada no sul do Brasil em 1824. Trata-se de um caso que permite observar o papel do Estado no controle de um processo de povoamento envolvendo imigrantes europeus e a consequente formação de um tipo de campesinato étnico diferenciado de outras realidades rurais brasileiras.
Campesinato; Estado; Políticas Públicas; Colonização Estrangeira; Identidade