OBJETIVO:
Um estudo anterior sugeriu que o valor "p" do teste de normalidade (PNT) aplicado a intervalos RR é um índice capaz de quantificar variabilidade da frequência cardíaca através da correlação tradicional dos índices de tempo e frequência. Investigamos a associação entre o teste PNT aplicado a intervalos RR e a análise simbólica da variabilidade da frequência cardíaca.
MÉTODO:
Foram avaliadas 32 mulheres saudáveis entre 18 e 30 anos de idade. Os intervalos RR foram utilizados para análise da variabilidade da frequência cardíaca; foi realizada uma análise simbólica, onde intervalos RR são unidos por símbolos. Grupos de três símbolos consecutivos foram agrupados em quatro tipos de aglomerados, a saber: 1: três símbolos iguais (variação zero); 2: dois símbolos iguais, um divergente (uma variação); 3: três símbolos diferentes, monotonicamente crescentes ou decrescentes (duas variações iguais); 4: três símbolos diferentes, formando um pico ou uma calha (duas variações desiguais). Foi calculada a frequência de ocorrência de cada tipo de cluster. Testes de normalidade foram aplicados a todos os intervalos RR e o valor de "p" foi calculado. Calculamos as correlações entre o PNT e análise simbólica de HRV.
RESULTADOS:
Os coeficientes de correlação entre PNT de teste Kolmorogov-Smirnov e os quatro tipos de clusters não mostraram correlação com qualquer um deles. Da mesma forma, o coeficiente de correlação entre o índice PNT calculado a partir do teste de Shapiro-Wilk e a análise simbólica não produziu resultados significativos para qualquer dos quatro tipos de aglomerados.
CONCLUSÃO:
Não houve correlação significativa entre o PNT e análise simbólica da variabilidade da frequência cardíaca. O significado fisiológico deste resultado é que o PNT não está relacionado ao comportamento caótico da VFC.
PALAVRAS-CHAVE:
Sistema Nervoso Autônomo; Sistema Cardiovascular; Fisiologia Cardiovascular; Distribuição de Gauss