OBJETIVO:
Comparar a eficácia de denervação patelar em relação à não-denervação patelar na redução da dor anterior do joelho em um período de acompanhamento de no mínimo um ano após a artroplastia total do joelho (ATJ).
MÉTODO:
Foram analisados dados de 84 pacientes, submetidos a ATJ e divididos em 2 grupos: grupo A formado por 42 pacientes submetidos à ATJ com denervação patelar (PD) e grupo B formado por 42 pacientes submetidos a ATJ sem a denervação (ND). Os resultados foram avaliados utilizando os questionários WOMAC e KSS, além da escala analógica visual da dor (EVA). Também foi avaliada a amplitude de movimento em graus. As condições clínicas pré-operatórias dos dois grupos foram semelhantes.
RESULTADOS:
Comparando a pontuação do questionário WOMAC, o grupo A apresentou melhores resultados, com media de 27,95 ± 5,89, enquanto o grupo B apresentou média de 33,55 ± 6,23. Melhores resultados foram também observados no KSS para o grupo A, apresentando média de 86,19 ± 7,10, em comparação ao grupo B, com média de 83,07 ± 4,88. Observou-se menor amplitude de flexão do joelho no grupo A, 119,0 ± 10,68 graus, em comparação com o grupo B, com média de 125,5 ± 11,02 graus. Analisando exclusivamente a dor, não foi observada diferença entre a dor referida pelo paciente, de acordo com a escore da escala EVA.
CONCLUSÕES:
A DP não demonstrou melhores efeitos na redução da dor em comparação com ND na ATJ. No entanto um melhor efeito da denervação nos escores de função, através dos questionários KSS e WOMAC sugerem que a denervação pode ser benéfica neste cenário.
PALAVRAS-CHAVE:
Patela; Artroplastia de Joelho; Dor articular; denervação