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FARMACOLOGIA CLÍNICA DA GENTAMICINA EM NEONATOS: MODALIDADES DE USO, TOXICOLOGIA E FARMACOCINÉTICA

A gentamicina é antibiótico do grupo dos aminoglicosídeos. Destrói bactérias por inibição de síntese proteica e, em certa medida, por lise do envelope celular. A gentamicina é a droga de primeira escolha por causa de sua atividade confiável e em virtude de longa experiência com seu uso. Em combinação com antibióticos β-lactâmicos é recomendada para o tratamento de septicemia ou pneumonia e é ativa contra P. aeruginosa, Enterobacter, Klebsiella e Serratia. No entanto, a gentamicina é ototóxica e nefrotóxica. A variante genética mitocondrial humana m.1555A > G é tida como importante causa de disfunção auditiva hereditária não-sindrômica e pode causar perda permanente da audição. Até mesmo procedimentos terapêuticos de gentamicina de curta duração em recém-nascidos sadios podem levar a anormalidades da função auditiva. É ativa contra algumas espécies de bactérias apenas em concentrações de pico (> 10 mg/l) que são suficientemente altas para produzirem efeitos tóxicos. A gentamicina deve cair a concentrações mínimas menores que 2 mg/l para evitar efeitos tóxicos. Para produzir efeitos terapêuticos, as concentrações plasmáticas máximas de gentamicina deve variar de 4 a 10 mg/l. Os parâmetros farmacocinéticos variam consideravelmente em lactentes. A meia-vida varia entre 5,4-10,0 horas, o "clearance" varia entre 0,50 e 1,71 ml/h/kg e volume de distribuição de 0,4-0,7 l/kg. Em prematuros a meia-vida é mais longa do que a de crianças nascidas a termo. Por esses motivos, sempre que lactentes são tratadas durante 48 horas ou mais, monitorizar as concentrações séricas de gentamicina é essencial.

PALAVRAS-CHAVE:
gentamicina; recém-nascido; nefrotoxicidade; ototoxicidade; farmacocinética; atoxicidade


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