RESUMO
OBJETIVO:
A frequência de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea aumenta continuamente. No entanto eventos transitórios de baixo débito cardíaco podem ocorrer durante este procedimento; requerem reposição de volume agressiva, o que pode levar a hipervolemia e suas complicações.
MÉTODOS:
Este estudo avalia a eficácia e segurança de uma solução hipertónica - hiperoncótica NaCl (cloreto de sódio a 7,5 % + hidroxietilamida 6%) versus solução salina isotônica durante a criação de anastomose na parede lateral do ventrículo esquerdo. Em cada caso, 250 ml de solução foram administrados no início do procedimento de enxerto a partir de bolsas codificadas. Todos os agentes ligados ao procedimento cirúrgico e à gestão pós-operatória dos pacientes foram mantidos cegos em relação à codificação. O objetivo principal foi a determinação de complicações pós-operatórias. Os objetivos secundários foram a determinação da pressão arterial média e da pressão venosa central durante procedimento de anastomose.
RESULTADOS:
Os objetivos primários não mostraram diferença entre hipertônica salina isotônica em relação complicação da cirurgia no pós-operatório. Em relação ao objetivo secundário, observamos um aumento significativo da pressão arterial média e da pressão venosa central no grupo solução hipertônica vs. grupo soro fisiológico durante a criação da anastomose.
CONCLUSÃO:
O uso de solução salina hipertoˆnica durante cirurgia de revascularização da parede posterior lateral do ventrículo esquerdo do miocárdio sem circulação extracorpórea não apresentou complicações e resultou em melhor arterial e da pressão venosa central, favorecendo a criação de anastomose nesta parede.