Resumo
Este artigo analisa as definições de Cartografia propostas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela ICA (International Cartographic Association) entre os anos 1940 e 2000, refletindo sobre as transformações conceituais no campo e sua relação com os avanços tecnológicos na área. Inicialmente, a definição de Cartografia era determinada pela ONU, mas a partir de 1965, a ICA assumiu essa responsabilidade. Ao longo de 40 anos, as definições evoluíram consideravelmente. Em 1992, Fraser Taylor, como presidente da ICA, apresentou uma atualização significativa ao incluir o termo "geoinformação" em sua definição. Essa modificação ampliou o escopo da Cartografia para abranger outras formas de representação espacial. No entanto, no final da década de 1990, houve um retrocesso quando a ICA simplificou a definição de Cartografia, restringindo-a ao estudo de mapas. Essa dinâmica mostra que a evolução dos debates científicos nem sempre segue uma trajetória linear, podendo oscilar entre avanços e retrocessos. Portanto, conclui-se que é essencial continuar os debates conceituais em torno da definição da Cartografia para acompanhar as inovações tecnológicas e teóricas emergentes no campo.