Área da bacia |
É a área total projetada sobre um plano horizontal, da área de contribuição de escoamento para a determinada ordem, e incluindo todos os tributários de ordem inferior (STRAHLER,1957), Representa a área de captação disponível e, portanto, quanto maior a área, maior poderá ser o volume de precipitação entrando no sistema bacia hidrográfica. Schumm (1956, apudSTRAHLER, 1957) afirma que a área da bacia cresce exponencialmente com a ordem dos canais. Além disso, quanto maior a área da bacia, maior o número de canais de 1ª ordem, e maior o perímetro da bacia (ZÃVOIANU, 1985, apud SOUZA, 2005). |
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Perímetro da bacia
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Projeção horizontal da linha que contorna o divisor de águas ((ZÃVOIANU, 1985, apudSOUZA, 2005). |
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Ordem hierárquica
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Segundo Strahler (1957), a rede hidrográfica se divide em segmentos individuais de rio, estando cada segmento situado entre duas confluências. O ordenamento dos rios é realizado a partir da atribuição da ordem 1 aos rios que não possuem tributários, ou seja, são nascentes; a ordem 2 é atribuída ao rio formado pelo encontro de dois rios de primeira ordem; este rio, por sua vez, só se torna de terceira ordem ao encontrar outro segmento de segunda ordem. A confluência de rios de ordens diferentes não altera o grau de ordenamento. A hierarquia fluvial indica o grau de ramificaão da bacia, sendo importante na determinação da velocidade com que a água escoa até o exutório. Assim, a descarga aumenta em relação exponencial com o aumento da ordem hierárquica do canal. (SOUZA, 2005), |
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Comprimento vetorial do canal principal
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Distância, em linha reta, entre a nascente e a foz do canal principal. Tem relação diretamente proporcional com a área e o perímetro da bacia (HORTON, 1945). |
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Gradiente do canal principal
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O gradiente do canal principal é a relação entre sua amplitude altimétrica e o seu comprimento, sendo seu resultado expresso em graus ou porcentagem. Está relacionado com energia potencial do rio, e consequentemente seu poder erosivo (SANTOS, 2006) |
Gcp = Acp/Ccp x 1000 |
Coeficiente de compacidade
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O coeficiente de compacidade ou índice de Gravelius é utilizado para determinar a forma das bacias hidrográficas, sendo, assim como o Índice de circularidade, relacionado com um círculo. O coeficiente de compacidade tem valor mínimo 1,0, correspondendo a bacias perfeitamente circulares. Quanto mais próximo da unidade, maior a tendência ao desenvolvimento de cheias. Representa a relação entre o perímetro e a área da bacia (VILLELA & MATTOS, 1975). |
Kc=0,28 x P/√A |
Fator de forma
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O fator de forma relaciona a forma da bacia com um retângulo. Valores de fator de forma menores que 0,50 significam bacias nao sujeitas a inundações; valores entre 0,50 e 0,75 representam tendencia mediana, enquanto valores entre 0,75 e 1,0 sugerem bacias sujeitas a inundações (VILELLA e MATTOS, 1975). |
F = A/L2
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Índice de forma |
O Índice de Forma expressa a relação entre o perímetro e a área da bacia, sendo que quanto mais próximo da unidade, maior a tendência à bacia possuir formato circular, apresentando tendência a cheias (CHRISTOFOLETTI, 1971). |
K = P/2√ΠA |
Índice de circularidade |
De acordo com Christofoletti (1974), o índice de circularidade foi proposto com o objetivo de eliminar a subjetividade na caracterização da forma da bacia. Para o cálculo do Índice de circularidade é necessário obter o valor da área do círculo de perímetro igual ao da bacia em questão. O Ic apresenta valores entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo da unidade, mais próxima da forma circular será a bacia, sendo também mais propensa ao desenvolvimento de cheias. Valores menores que 0,51 correspondem a bacias de formato alongado, que favorece o escoamento; valores maiores que 0,51 correspondem a bacias de formato circular, que favorecem o desenvolvimento de inundações; já valores de C iguais a 0,51 significam escoamento moderado e pequena probabilidade de cheias. |
C = A/Ac |
Densidade de drenagem
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A densidade de drenagem relaciona o comprimento total dos rios com a área da bacia hidrográfica. É uma das variáveis morfométricas mais importantes, e representa o grau de dissecação topográfica da bacia. Este parâmetro expressa a quantidade de canais disponíveis para o escoamento, de forma que quanto mais canais presentes na bacia, mais rápido a água precipitada atinge o exutório. É dependente de fatores como precipitação, declividade das vertentes, tipo de solo, geologia, e cobertura vegetal, sendo a resposta ao ajuste entre a precipitação e os outros fatores. Além disso, a Dd tem influência sobre o escoamento e o transporte de sedimentos dentro da bacia hidrográfica (CHRISTOFOLETTI, 1981). Pode-se classificar a Dd como muito baixa para valores menores que 0,50 Km/Km2, mediana entre 0,50 e 2,00 Km/Km2, alta entre 2,01 e 3,50 Km/Km2 e muito alta para valores acima de 3,50 Km/Km2 (BELTRAME, 1994). |
Dd = L/A |
Densidade hidrográfica
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Constitui a relação existente entre o número de canais e a área da bacia hidrográfica. Destina-se a comparação da freqüência de cursos de água existentes em uma área, de tamanho padrão (HORTON, 1945). |
Dr = N/A |
Textura da topografia
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Este parâmetro representa o grau de entalhamento e dissecação da bacia hidrográfica. Valores de textura da topografia menores do que 4,0 são classificados como textura grosseira, entre 4,0 e 10,0 textura média e maiores que 10,0 são considerados textura topográfica fina (SILVA et al., 2007) |
Log Tt = 0,219649 + 1,115 log Dd |
Coeficiente de manutenção
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Representa a área mínima necessária para manutenção de um metro de escoamento (SCHUMM,1956 apudCHRISTOFOLETTI, 1974) |
Cm = 1/Dd x (1000) |
Frequência de canais de cada ordem
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Refere-se à freqüência relativa de canais de cada ordem pelo número de canais totais. Um número elevado de canais de 1ª ordem está relacionado com o tempo decorrido entre a precipitação máxima e a descarga máxima no canal principal (SOUZA, 2005). |
Fr = Nu/Nt x (100) |
Comprimento médio dos canais de cada ordem
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Este parâmetro reflete o comprimento médios dos rios em cada ordem hierárquica, sendo relacionado ao tamanho da bacia e seus aspectos geológicos. |
Lm = Lu/Nu |
Relação de bifurcação
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Representa a relação entre o número total de segmentos de uma certa ordem e o número total de segmentos (canais, rios) de ordem imediatamente superior. A relação de bifurcação varia entre 2 para bacias planas a suave onduladas, a 3 ou 4 para bacias montanhosas ou altamente dissecadas (HORTON, 1945). |
Rb = Nu/"Nu+1" |