Resumo
A expansão de usinas hidrelétricas (UHEs) na Amazônia brasileira chama atenção por ocasionar diversos impactos (sociais, econômicos e ecológicos) e afetar direta e indiretamente áreas institucionais destinadas à proteção da biodiversidade e populações tradicionais. Dentre as treze sub-bacias conjugadas do rio Amazonas (nos limites do Brasil), há nove (09) hidrelétricas em operação e setenta e cinco (75) usinas planejadas, sendo a bacia do rio Tapajós aquela que concentra 60% do número das UHEs planejadas. O objetivo do artigo é evidenciar a apropriação econômica da bacia do rio Tapajós e a expropriação social e ambiental que acontece na região. Para tal análise faz-se necessário espacializar as usinas hidrelétricas (em operação e planejadas) e as áreas oficialmente protegidas, por bacias hidrográficas. O resultado aponta o confronto entre a política desenvolvimentista relacionada à construção de usinas hidrelétricas na Amazônia e as políticas ambientais, voltadas, sobretudo, às áreas protegidas, evidenciando a existência de uma expropriação social e ambiental na bacia em tela.
Palavras-chave:
Amazônia; Usinas Hidrelétricas; Unidades de Conservação; Bacias Hidrográficas