Open-access COMPARTIMENTAÇÃO MORFOMÉTRICA DA BACIA DO RIO COCO COMO SUBSÍDIO A ANÁLISE DE FRAGILIDADE AMBIENTAL

mercator Mercator (Fortaleza) Mercator (Fortaleza) 1984-2201 Universidade Federal do Ceará Resumen El presente estudio tuvo como objetivo realizar la compartimentación morfométrica de la Cuenca Hidrográ- fica del Rio Coco. Para esto, fue realizada la digitalización manual de la red hidrográfica en escala 1:5.000 en ArcGis 10.1 a partir de imágenes do satélite RapidEye, siendo utilizada la metodología propuesta por Strahler (1952) para la jerarquización de la red de drenaje. La compartimentación de la cuenca fue realizada en el programa ArcGis 10.1 con base en el análisis del drenaje y el paisaje (hidrografía e relieve). Fueron definidos 05 compartimientos (sub-cuencas), siendo: Sub-cuenca del Ribeirão Prata, Sub-cuenca del Ribei- rão Piedade, Sub-cuenca del Ribeirão Surubim, Sub-cuenca del Alto Rio Coco y Sub-cuenca del Bajo Rio Coco, para los cuales fueron aplicados parámetros morfométricos, conforme las metodologías descriptas en los trabajos de Horton (1945), Christofoletti (1969) y Strahler (1952). A partir del análisis realizado se puede observar que las sub-cuencas del Alto Rio Coco y del Ribeirão Piedade fueron los compartimientos que presentaron mayores fragilidades naturales en relación a las demás sub-cuencas, situación verificada con los resultados del análisis morfométrico realizado, requiriendo por tanto una atención especial en relación al uso y ocupación del suelo. INTRODUÇÃO A morfometria de bacias hidrográficas é entendida como uma análise quantitativa dos elementos resultantes do modelado do relevo (expressão e configuração espacial) (SALLES, 2010, p. 05). Para Soares e Souza (2012, p. 20), este tipo de análise possibilita a identificação de características gerais importantes em uma bacia, principalmente, quando se analisa a relação das características geomorfológicas associadas ao relevo e á rede de drenagem. As pesquisas em bacias hidrográficas facilitam o acompanhamento das alterações naturais ou introduzidas pelo homem (RODRIGUES, PISSARRA e CAMPUS, 2008, p. 311), sendo a sua delimitação um dos primeiros e mais comuns procedimentos executados em análises hidrológicas ou ambientais (ARAÚJO, TELES e LAGO, 2009, p. 4631). Assim, a análise morfométrica tem um papel importante em estudos envolvendo bacias, uma vez que possibilita uma avaliação sistemática dos aspectos físicos de uma bacia e um melhor entendimento da dinâmica dos recursos (FREIRE, LAGE e CHRISTÓFARO, 2013, p. 5443). Segundo Nunes, Ribeiro e Fiori (2006, p. 01), o estudo morfométrico de bacias hidrográficas é definido como a análise quantitativa das relações entre a fisiografia da bacia e a sua dinâmica hidrológica. Barbosa e Furrier (2012, p. 112) discorrem que a caracterização morfológica e morfométrica de uma área permitem conhecer os potenciais naturais existentes nela, facilitando a identificação de áreas de risco de ocupação, ambientes frágeis, impactos ambientais, interferência antrópica e a dinâmica da evolução natural da paisagem. A análise morfométrica tem uma relação estreita com a geografia, uma vez que permite compreender, através de um conjunto de parâmetros morfométricos, os quais relacionam um rol de características geográficas, a dinâmica da bacia como um todo, inclusive de seus diferentes compartimentos e, consequentemente a sua fragilidade natural. Identificar a fragilidade ambiental de uma bacia significa avaliar, primeiramente através de análises isoladas de indicadores dos aspectos físicos relevantes do ambiente em estudo, e posteriores cruzamentos destes, a intensidade com que este ambiente pode ser explorado sem prejudicar sua dinâmica e seu equilíbrio, levando em consideração as limitações a ele impostas através das componentes naturais e antrópicas (GHEZZI, 2003, p. 02). É importante frisar que essa avaliação torna-se importante, uma vez que permite avaliar a vulnerabilidade natural de uma bacia, o que segundo Souza (2005, p. 52) corresponde ao grau de probabilidade que os atributos naturais têm em condicionar, induzir ou acelerar a ocorrência de um determinado perigo. O autor avalia a suscetibilidade morfométrica de bacias de drenagem como a parcela de responsabilidade do comportamento geométrico das bacias no desencadeamento de problemas, como: inundações, erosões, deslizamentos, entre outros. Ghezzi (2003, p. 08) salienta que através do estudo da fragilidade pode ser identificada a vulnerabilidade de um ambiente a algum tipo de uso ou ocupação, quer por decorrência de sua exploração, quer por fatores naturais próprios. Seu estudo tem por objetivo observar como um ambiente, que naturalmente pode apresentar graus de fragilidade, se comporta ou pode vir a se comportar com o advento da interferência antrópica. Portanto, a caracterização morfométrica de uma bacia hidrográfica é um dos primeiros e mais comuns procedimentos executados em análises hidrológicas ou ambientais, e tem como objetivo elucidar as várias questões relacionadas com o entendimento da dinâmica ambiental local e regional (TEODORO et al., 2007, p. 137). Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo a análise e a compartimentação morfométrica da bacia do Rio Coco como subsídio a análise de fragilidade ambiental, na busca de um entendimento mais abrangente de como os processos naturais poderão ser influenciados pelos usos e ocupações impostos na área de estudo. ÁREA DE ESTUDO O presente estudo foi desenvolvido na Bacia do Rio Coco. Esta está localizada na margem direita da Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia, no estado do Tocantins. A área da bacia é de aproximadamente 6.670 Km2, subdivididos entre os municípios de Caseara, Marianópolis do Tocantins, Divinópolis do Tocantins, Monte Santo, Paraíso do Tocantins, Chapada de Areia, Pium e Barrolândia. O principal curso d'água desta bacia é o Rio Coco, este tem suas nascentes na Serra do Estrondo, possuindo uma extensão aproximada de 356 km. MATERIAL E MÉTODOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O trabalho foi dividido em três etapas, sendo: obtenção de dados topográficos e hídricos; levantamento de parâmetros morfométricos; análise e compartimentação morfométrica da bacia do Rio Coco. Etapa 1: Obtenção de dados topográficos e hídricos A aquisição dos atributos do relevo foi realizada a partir de dados do projeto Topodata, este oferece dados do Modelo Digital de Elevação (MDE), elaborados a partir do SRTM (Missão Topográfica Radar Shuttle). A rede de drenagem foi obtida através da digitalização manual na escala 1:5.000, utilizando o ArcGis 10.1, para as quais foram utilizadas imagens do satélite RapidEye (resolução 5 m), datadas de setembro de 2011. É importante mencionar que foram considerados como canais de drenagem todos aqueles perceptíveis nas imagens RapidEye que permitem o escoamento linear das águas, incluindo os de curso intermitente. A metodologia utilizada para a hierarquização da rede de drenagem foi a proposta por Strahler (1952), onde os canais sem tributários, são considerados como de primeira ordem, dois canais de primeira ordem formam um canal de segunda ordem, dois canais de segunda ordem formam um de terceira ordem e, assim sucessivamente. A partir dos atributos do relevo e rede de drenagem, foram realizados os cálculos de área, perímetro, comprimento da bacia, comprimento do rio principal, comprimento dos cursos d'água e número de canais no ArcGis 10.1. Etapa 2: Levantamento de parâmetros morfométricos Os parâmetros morfométricos utilizados no presente trabalho foram: amplitude altimétrica (Hm), declividade do rio principal, declividade da bacia, densidade de drenagem (Dd), densidade hidrográfica (Dh), índice de compacidade (Kc), índice de conformação ou fator de forma (F), índice de sinuosidade (Is), índice de rugosidade (Ir), índice de circularidade da bacia (Ic), tempo de concentração (Tc), coeficiente de manutenção (Cm), gradiente de canais (Gc), relação de bifurcação (Rb) e relação entre o comprimento médio dos canais (Rl). Tais parâmetros seguiram as metodologias descritas por Horton (1945), Christofoletti (1969), Strahler (1952). Etapa 3: Análise e compartimentação morfométrica da bacia do Rio Coco Nessa etapa foi realizada a análise morfométrica da bacia do Rio Coco como um todo, visando a compreensão da morfometria dessa unidade, sobretudo o entendimento da dinâmica da bacia, uma vez que a mesma pode apresentar formas, processos e evolução, diferenciada, através de compartimentos heterogêneos. A identificação e definição dos compartimentos morfométricos existentes na bacia foi realizada com base em análises da configuração da rede de drenagem na paisagem (hidrografia e relevo). A partir desta avaliação foram definidos 05 compartimentos (sub-bacias), sendo: Sub-bacia do Ribeirão Prata, Sub-bacia do Ribeirão Piedade, Sub-bacia do Ribeirão Surubim, Sub-bacia do Alto Rio Coco e Sub-bacia do Baixo Rio Coco. Vale ressaltar que a região que envolve a planície da bacia foram excluídas da análise por se tratar de um ambiente bastante heterogêneo, os quais não se enquadram na análise dos parâmetros morfométricos definidos no presente estudo. Com o intuito de identificar o comportamento de cada compartimento morfométrico em relação a sua fragilidade ambiental foram realizadas análises de cada compartimento a partir dos parâmetros morfométricos definidos na etapa 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO MORFOMETRIA DA BACIA DO RIO DO COCO Na Tabela 1 estão descritos os resultados morfométricos obtidos para a Bacia do Rio do Coco. Tabela 1 Resultados dos parâmetros morfométricos da Bacia do Rio do Coco Características morfométricas Resultados Área de drenagem (A) 6.258,07 Km2 Perímetro (P) 613,96 km Comprimento do Rio Principal 355,3 Km Comprimento dos Cursos d’água 7.533,31Km Comprimento da Bacia 164,99 Km Padrão de drenagem Dentrítico Ordem da bacia (Strahler) 7º Altitude mínima 142,96 m Altitude média 233,54 m Altitude máxima 697,18 m Amplitude altimétrica (Hm) 554,22 m Declividade do Rio Principal 0,97 m/Km Declividade da Bacia 3,35 m/Km Declividade máxima da bacia (Dv max) 73,91% Declividade média da bacia (Dv méd.) 3,80% Densidade de drenagem (Dd) 1,203 Km/Km2 Densidade hidrográfica (Dh) 2,637 canais/Km2 Índice de compacidade (Kc) 2,17 Índice de conformação ou fator de forma (F) 0,229 Índice de sinuosidade (Is) 2,37 Índice de rugosidade (Ir) 666,72 Índice de circularidade da bacia (Ic) 0,208 Tempo de concentração (Tc) 42 horas Coeficiente de manutenção (Cm) 831,255 m/m2 A bacia hidrográfica do Rio do Coco é classificada com de 7º ordem, conforme a classificação de Strahler (1952). Esta possui uma área de 6.670 Km2, porém, a área considerada para análise foi de 6.258,07 Km2, uma vez que a área que compõem a planície sazonalmente alagada (região de lagos) não foi considerada para análise. A densidade de drenagem observada foi de 1,203 Km/Km2, indicando, que a bacia possui média capacidade de drenagem. No que diz respeito a densidade hidrográfica, o valor encontrado foi de 2,637 canais/km2, ou seja, a cada quilômetro quadrado existe 2,637 canais, entretanto, observa-se que a bacia apresenta um adensamento variável da rede de drenagem, sendo constituída por regiões mais ricas em número de canais em relação a outras, justificando a necessidade de compartimentação da área em estudo. Os valores observados para o índice de compacidade (2,17), fator de forma (0,229) e índice de circularidade (0,208) indicam que a Bacia Hidrográfica do Rio do Coco não possui uma forma circular, correspondendo, portanto, a uma bacia de característica alongada, sendo, pouco susceptível a enchentes em condições normais de precipitação. Além dessas características, o tempo de concentração encontrado foi considerado alto (41,8 horas), reforçando a baixa probabilidade de enchentes. A sinuosidade observada para o Rio do Coco foi de 2,37, de acordo com Stipp et al. (2010, p. 122), valores acima de 2,0 de sinuosidade é característico de uma rede de drenagem sinuosa, podendo haver acúmulo de sedimentos ao longo do canal, o que pode ser agravado pela ação antrópica. A declividade média da bacia foi de 3,8%, indicando a predominância de um relevo plano a suavemente ondulado e máxima de 73,91% (Figura 1), próximo a Serra do Estrondo (divisor de águas da bacia), relevo fortemente ondulado, conforme a classificação da Embrapa (1979). Convém mencionar que a Bacia do Rio do Coco é muito extensa, a qual possui um relevo heterogêneo em toda sua extensão, o que reforça a importância da compartimentação da mesma, com vistas a uma análise mais aprofundada. Figura 1 Hipsometria e declividade da Bacia do Rio do Coco. Foi observado uma altitude mínima de 142,96 m e máxima de 697,18 m (Figura 1), resultando em uma amplitude altimétrica de 554,22 m. Esta tem uma relação direta com a rugosidade da bacia, a qual foi considerada forte (Ir = 666,72). COMPARTIMENTAÇÃO MORFOMÉTRICA DA BACIA DO RIO DO COCO A Bacia do Rio Coco foi subdividida em 5 compartimentos, sendo: Sub-bacia do Ribeirão Prata, Sub-bacia do Ribeirão Piedade, Sub-bacia do Ribeirão Surubim, Sub-bacia do Alto Rio do Coco e Sub-bacia do Baixo Rio do Coco, conforme Figura 2. Figura 2 Compartimentação morfométrica da Bacia do Rio do Coco. A compartimentação morfométrica da Bacia do Rio do Coco possibilitou a identificação de características distintas ao longo de toda a bacia. Na Tabela 2 estão descritos os resultados obtidos para os parâmetros morfométricos avaliados nos compartimentos. As sub-bacias avaliadas apresentaram um padrão de drenagem dendrítico, com valores de densidade de drenagem diversificados. De acordo com Villela e Mattos (1975, p. 245), a densidade de drenagem (Dd) pode variar de 0,5 km/km2 para bacias com pouca drenagem a valores acima de 3,5 km/km2 para bacias excepcionalmente bem drenadas. Neste contexto, sub-bacias avaliadas podem ser agrupadas, quanto a sua drenagem, da seguinte forma: a) bem drenada - sub-bacia do Alto Rio Coco (2,104 Km/Km2); b) drenagem média - sub-bacias do Ribeirão Piedade (1,55 Km/ Km2) e Ribeirão Surubim (1,321 Km/Km2) e c) drenagem pobre - sub-bacias do Ribeirão Prata (0,62 Km/Km2) e Baixo Rio Coco (0,636 Km/Km2). Tabela 2 Resultados dos parâmetros morfométricos para os compartimentos da Bacia do Rio do Coco Características morfométricas Unidade Bacia Rib. Prata Bacia Rib. Piedade Bacia Rib. Su-rubim Bacia Alto Rio do Coco Bacia Baixo Rio do Coco Área de drenagem (A) Km2 951,64 1203,05 777,97 1315,07 2.010,32 Perímetro (P) Km 181,53 193,01 145,62 201,02 400,65 Comprimento do Rio Principal Km 90,30 130,18 68,79 118,47 236,81 Comprimento dos Cursos d’água Km 592,15 1.865,76 1.028,34 2.767,98 1.279,66 Comprimento da Bacia Km 63,91 64,27 50,08 65,55 107,30 Padrão de drenagem - Dendrítico Dendrítico Dendrítico Dendrítico Dendrítico Ordem da bacia (Strahler) º 5º 6º 6º 6º 7º Altitude mínima m 168,27 185,89 182,47 186,47 142,96 Altitude média m 212,3 275,12 232,53 282,11 187,61 Altitude máxima m 288,3 697,18 361,60 679,19 247,22 Amplitude altimétrica (Hm) m 120,03 511,29 179,13 492,72 104,26 Declividade do Rio Principal m/Km 1,131 1,141 2,18 2,75 0,128 Declividade da Bacia m/Km 1,878 7,95 3,57 7,516 0,97 Declividade máxima da bacia (Dv max) % 21,56 73,91 32,88 70,03 39,30 Declividade média da bacia (Dv méd.) % 2,64 5,66 3,53 5,95 2,31 Densidade de drenagem (Dd) Km/Km2 0,62 1,55 1,321 2,104 0,636 Densidade hidrográfica (Dh) canais/Km2 0,49 3,47 2,795 6,725 0,411 Índice de compacidade (Kc) - 1,647 1,558 1,461 1,552 2,50 Índice de conformação ou fator de forma (F) - 0,232 0,291 0,31 0,306 0,174 Índice de sinuosidade (Is) - 1,42 2,251 1,457 2,095 2,323 Índice de rugosidade (Ir) - 74,4 792,49 236,63 1036,6 66,3 Índice de circularidade da bacia (Ic) - 0,363 0,404 0,461 0,408 0,157 Tempo de concentração (Tc) h 3,9 8,6 6,4 13,7 10,2 Coeficiente de manutenção (Cm) m/m2 1612,9 645,16 757,002 475,285 1572,32 Gradiente de canais (Gc) % 0,113 0,114 0,218 0,27 0,012 A densidade hidrográfica relaciona o número de canais com a área total da bacia (ALMEIDA et al., 2013, p. 139), ou seja, indica o número de canais existentes a cada quilômetro quadrado. Como pode ser observado na Tabela 02, os valores variaram consideravelmente entre os compartimentos analisados, merecendo destaque a sub-bacia do Alto Rio do Coco com 6,725 canais/Km2, e as sub-bacias do Baixo Rio do Coco com 0,411 canais/Km2 e Ribeirão Prata com 0,49 canais/Km2, indicando que a sub-bacia do Alto Rio do Coco possui maior capacidade de gerar novos canais em relação as demais sub-bacias avaliadas o que pode estar relacionado com as suas características pedológicas, geológicas e climáticas. Esses resultados concordam com os valores obtidos para a densidade de drenagem, apontando alta infiltração para as sub-bacias do Baixo Rio do Coco e Ribeirão Prata e elevado escoamento superficial para a sub-bacia do Alto Rio do Coco. Em relação à forma das sub-bacias, todas exibiram forma alongada, podendo ser comprovado pelos valores obtidos para os índices de compacidade, circularidade e fator de forma, o que indica pouca susceptibilidade a enchentes em condições regulares de precipitação, merecendo destaque a sub-bacia do Baixo Rio do Coco, a qual apresentou o menor fator de forma (0,174) e índice de circularidade (0,157) e, consequentemente o valor mais elevado para o índice de compacidade (2,50), confirmando que este compartimento é o mais alongado em relação aos demais, o que pode ser evidenciado na Figura 2 acima. De acordo com Cardoso et al. (2006, p. 244), nas bacias com forma circular há maiores possibilidades de chuvas intensas ocorrerem simultaneamente em toda a sua extensão, concentrando grande volume de água no tributário principal. No que diz respeito ao tempo de concentração, ou seja, o tempo necessário para que toda a precipitação caída em qualquer ponto da bacia chegue ao seu ponto final, observou-se para as sub-bacia do Alto e do Baixo Rio do Coco os valores mais elevados, sendo 13,7 para a primeira e 10,2 para a segunda. A sub-bacia que apresentou um menor tempo de concentração foi a sub-bacia do Ribeirão Prata (3,9), tendo as sub-bacias do Ribeirão Piedade um valor de 8,6 e Ribeirão Surubim de 6,4. A sinuosidade dos canais principais das sub-bacias analisadas indicaram que o Ribeirão Piedade, o Alto Rio do Coco e Baixo Rio do Coco são tortuosos, os mesmos apresentaram, respectivamente, índices de sinuosidade de 2,251, 2,095 e 2,323. Em canais sinuosos pode haver um maior acúmulo de sedimentos, o que pode ser agravado por atividades humanas. Já os valores observados para os Ribeirões Prata (1,42) e Surubim (1,457) sugerem canais medianamente tortuosos ou transicionais. Conforme Lana et al. (2001, p. 07) e Stipp et al. (2010, p. 122), valores para o índice de sinuosidade próximos a 1,0 indicam que o canal tende a ser retilíneo. Já os valores superiores a 2,0 sugerem canais tortuosos e os valores intermediários indicam formas transicionais, regulares e irregulares. É interessante destacar que para a sub-bacia do Alto Rio do Coco (Ir = 1.036,68) e a sub-bacia do Ribeirão Piedade (Ir = 792,49) a rugosidade foi considerada forte, concordando com a densidade de drenagem e a amplitude altimétrica registrada para tais compartimentos, enquanto que para as sub-bacias do Ribeirão Prata e Baixo Rio do Coco, a rugosidade apresentou-se fraca, obtendo-se 74,4 e 66,3, respectivamente. Sousa e Rodrigues (2012, p. 142) destacam que elevados valores de rugosidade indicam acentuado escoamento superficial e também ocorrências erosivas. Em termos de declividade média, os valores variaram de 2,31% a 5,95% representando um relevo plano a suavemente ondulado, conforme a classificação da Embrapa (1979), entretanto, vale ressaltar que também foi identificado a presença de um relevo fortemente ondulado, com declividade máxima de até 73,91%, merecendo destaque as sub-bacias do Alto Rio do Coco e Ribeirão Piedade, as quais apresentaram os valores mais elevados tanto para as declividades médias quanto para as máximas. Para estas sub-bacias, há uma tendência de maior escoamento superficial em comparação com as demais, sob as mesmas condições de cobertura vegetal, classe de solo e precipitação, sugerindo uma maior fragilidade natural e, consequentemente, maior predisposição à degradação. Para a declividade média do canal principal e gradiente de canais, destacaram-se as sub-bacias do Alto Rio do Coco e Ribeirão Surubim, observando valores respectivos de declividade de 2,75m/Km e 2,18 m/Km. Tonello et al. (2006, p. 855) citam que a declividade do canal interfere na velocidade de escoamento da água no curso, assim, valores elevados indicam maiores escoamentos e menores tempo de permanência da água, sendo conveniente um manejo de solo e água mais intensivo. De acordo com Santos e Morais (2012, p. 626), o coeficiente de manutenção é um índice que visa calcular a área mínima que a bacia precisa dispor para a manutenção de um metro de canal fluvial, sendo seu resultado indicado em m/m2. Na análise realizada destacaram-se as sub-bacias do Ribeirão Prata e Baixo Rio do Coco com os valores mais elevados para este coeficiente, sendo, encontrado 1.612,9 m/m2 para a primeira e 1.572,32 m/m2 para a segunda. Como pode ser observado as sub-bacias citadas necessitam de uma área considerável para a sua manutenção (área de recarga) e evolução da drenagem. Estes resultados podem ser corroborados pela densidade de drenagem e hidrográfica, os quais foram os mais baixos registrados, sugerindo que as sub-bacias possuem dificuldade na renovação e formação de novos canais. Essa realidade pode ser entendida ao se verificar que as sub-bacias apresentaram baixas declividades médias, sendo seu relevo considerado plano a suavemente ondulado, conforme a classificação da Embrapa (1979), e baixos índices de rugosidade, fatores de grande relevância no escoamento fluvial e formação de canais novos. A Tabela 3 apresenta os resultados obtidos para as leis de Horton (1945). Tabela 3 Resultados da aplicação das leis de Horton para os compartimentos da Bacia do Rio do Coco Compartimentos Ordem (w) Nw Lw Log 10 Nw Rb Lw média Log 10 Lw Rl Ribeirão Prata 1 238 249.803 2,37 4,03 1.049,59 3,02 2,39 2 59 148.147 1,77 5,36 2.510,96 3,39 3,10 3 11 85.879 1,04 3,66 7.807,18 3,89 2,63 4 3 61.635 0,47 3,00 20.545,00 4,31 2,27 5 1 46.686 0,00 46.686,00 4,66 Média       4,01     2,60 Ribeirão Piedade 1 2.115 812.574 3,32 4,16 384,19 2,58 2,24 2 508 438.658 2,70 4,13 863,50 2,93 2,26 3 123 240.351 2,08 4,24 1.954,07 3,29 3,35 4 29 189.853,83 1,46 4,83 6.546,68 3,81 1,77 5 6 69.689 0,77 6,00 11.614,83 4,06 9,86 6 1 114.638 0,00 114.638,00 5,05 Média       4,67     3,90 Ribeirão Surubim 1 1.073 462.052 3,03 3,94 430,61 2,63 2,12 2 272 248.456 2,43 4,00 913,44 2,96 2,32 3 68 144.628 1,83 4,00 2.126,88 3,32 2,60 4 17 94.306 1,23 8,50 5.547,41 3,74 2,45 5 2 27.260 0,30 2,00 13.630,00 4,13 3,78 6 1 51.551 0,00 51.551,00 4,71 Média       4,48     2,65 Alto Rio do Coco 1 4.496 1.211.232 3,65 4,32 269,40 2,43 2,33 2 1.039 652.748 3,01 4,31 628,24 2,79 2,74 3 241 415.412 2,38 4,63 1.723,70 3,23 2,63 4 52 236.054 1,71 6,50 4.539,50 3,65 4,03 5 8 146.536 0,90 8,00 18.317,00 4,26 5,76 6 1 105.597 0,00 105.597,00 5,02 Média       5,55     3,50 Baixo Rio do Coco 1 396 49.1312 2,59 3,66 1.240,68 3,09 2,28 2 108 306.350 2,03 4,32 2.836,57 3,45 2,62 3 25 186.152 1,39 5,00 7.446,08 3,87 1,55 4 5 57.732,58 0,69 5,00 11.546,51 4,06 20,50 7 1 236.811 0,00 236.811,00 5,37 Média       4,50     6,74 NOTA: Nw é o número de canais; Rb é a taxa de bifurcação; Lw é o comprimento médio; Rl é a taxa de comprimento. Fonte: Elaborado pelos autores. O valor médio para a taxa de bifurcação (Rb) para as sub-bacias analisadas foram similares, tendo a sub-bacia do Alto Rio do Coco um maior valor observado (5,55). Vestena et al. (2011, p. 99) ao estudarem a morfometria da Bacia do Rio Caeté encontrou valor médio para a taxa de bifurcação próximo ao encontrado para as sub-bacias do Rio do Coco (4,0). O valor normalmente encontrado é 2,00, porém, se os canais apresentarem certos declives o mesmo pode variar (HORTON, 1945, 1. 291). De acordo com Castro e Carvalho (2009, p. 04), a relação de bifurcação (Rb) indica o grau de dissecação da bacia hidrográfica, quanto maior for o valor do índice de bifurcação maior será o grau de dissecação, valores geralmente abaixo de 2 indicam um relevo colinoso, portanto, os resultados encontrados sugerem a presença de um relevo dissecado para as sub-bacias analisadas. Menciona-se que os valores da Relação de Bifurcação (Rb) para os segmentos das sub-bacias avaliadas não apresentam um padrão específico. É possível observar que a sub-bacia do Ribeirão Prata apresentou uma maior Rb entre os canais de primeira e segunda ordens (5,36), indicando para este compartimento que quanto menor a ordem hierárquica, maior a relação de bifurcação. No caso das sub-bacias dos Ribeirões Piedade e Surubim as maiores relações de bifurcação verificadas foram entre os canais de quarta e quinta ordem, tendo os canais de primeira a terceira ordens comportamentos similares de bifurcação. Já para as sub-bacias do Alto Rio do Coco e Baixo Rio do Coco a taxa de bifurcação mais representativa foi para os canais de quinta ordem, tendo o Alto Rio do Coco um maior número de canais de ordens inferiores (1o e 2o). Atenta-se ainda que a referida sub-bacia possui alta capacidade de articular canais formadores de bacias interiores (microbacias), haja vista o número de canais identificados de ordens superiores (quarta e quinta ordens). Para a relação entre os comprimentos médios dos canais (Rl), destacaram-se a sub-bacia do Baixo Rio Coco com um valor médio de 6,74 e a sub-bacia do Ribeirão Piedade com 3,9. Já as sub-bacias do Ribeirão Prata, Ribeirão Surubim e Alto Rio do Coco apresentaram valores médios similares, sendo: 2,60, 2,65 e 3,50, respectivamente. Os resultados da análise morfométrica realizada nos diferentes compartimentos da Bacia do Rio do Coco indicaram que as sub-bacias do Alto Rio do Coco e Ribeirão Piedade são os compartimentos que apresentam maiores fragilidades naturais. Portanto, estes compartimentos merecem uma atenção especial no que diz respeito as atividades de uso e ocupação do solo, as quais, se não forem executadas com cautela poderão potencializar os efeitos dos processos naturais, como a intensificação das perdas de solo por erosão e consequente assoreamento e diminuição da qualidade da água. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos resultados obtidos para a compartimentação morfométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Coco pode-se concluir que: A análise dos índices de compacidade, circularidade e fator de forma indicaram que todos compartimentos avaliados exibiram forma alongada, sinalizando pouca susceptibilidade a enchentes em condições regulares de precipitação; As sub-bacias do Ribeirão Prata e Baixo Rio do Coco são os compartimentos que apresentaram os maiores coeficientes de manutenção, 1.612,9 m/m2 e 1.572,32 m/m2 respectivamente, indicando uma área considerável para a manutenção (área de recarga) e evolução da drenagem; A sub-bacia do Alto Rio do Coco apresentou um maior número de canais de ordens inferiores (1o e 2o), além indicar alta capacidade de articular canais formadores de bacias interiores (microbacias), haja vista o número de canais identificados de ordens superiores (quarta e quinta ordens); A densidade de drenagem e hidrográfica mais representativa foi para a sub-bacia do Alto Rio do Coco com 2,104 Km/Km2 e 6,725 canais/Km2, respectivamente, apontando maior capacidade de gerar novos canais em relação as demais sub-bacias avaliadas o que pode estar relacionado com as suas características pedológicas, geológicas e climáticas; A rugosidade apresentada para a sub-bacia do Alto Rio do Coco (Ir = 1.036,6) e a sub-bacia do Ribeirão Piedade (Ir = 792,49) sugerem acentuado escoamento superficial e também as ocorrências erosivas para estes compartimentos, implicando em práticas conservacionistas do solo. Portanto, o conjunto de parâmetros morfométricos analisados indicaram que as sub-bacias do Alto Rio do Coco e Ribeirão Piedade são os compartimentos que apresentam maiores fragilidades naturais, sendo necessário uma maior gestão das atividades de uso e ocupação do solo, visando minimizar os efeitos potenciais dos processos naturais ocorrentes nestes compartimentos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, Wagner Santos; SOUZA, Newton Moreira; REIS JÚNIOR, Dirceu Silveira; CARVALHO, José Camapum. Análise morfométrica em bacias hidrográficas fluviais como indicadores de processos erosivos e aporte de sedimentos no entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Corumbá IV. Revista Brasileira de Geomorfologia, v.14, n.2, (Abr-Jun), 2013. p. 139. 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Tel: (+55 62) 35211184 - maxibayer@yahoo.com.ar (***) Lecturer, Phd Federal University of Goiás (Universidade Federal de Goiás) - Campus Samambaia, CEP: 74001970, Goiânia (GO), Brasil. Tel: (+55 62) 35211360 - laerte@ufg.br Abstract This study had as its object realizes the morphometric compartmentation of the Coco River basin. For this, it was performed the manual digitization of the drainage at scale 1:5,000 from RapidEye satellite images using ArcGIS 10.1, being used the methodology proposed by Strahler (1952) for the hierarchy of the drainage. The compartmentalization the basin it was performed in ArcGis 10.1 based on drainage analysis in the landscape (hydrograph and relief). Were defined 05 compartments (sub-basins), being: Sub-basin the Ribeirão Prata, Sub-basin the Ribeirão Piedade, Sub-basin the Ribeirão Surubim, Sub-basin the High Coco River and Sub-basin the Low Coco River, in which were applied morphometric parameters, according the methodologies described by Horton (1945), Christofoletti (1969) and Strahler (1952). From the analysis performed can be observed that the sub-basins the High Coco River and Ribeirão Piedade were the compartments that showed largest natural fragility in relation the other compartments, considering the results obtained in the morphometric analysis, suggesting a special attention to them in relation the use and occupation of soil. Key words: Morphometric compartmentation Environmental fragility Coco River Basin INTRODUCTION The morphometry of hydrographic basins is understood as a quantitative analysis of the resulting elements of modeled relief (expression and spatial configuration) (SALLES, 2010, p. 05). For Soares and Souza (2012, p. 20), this type of analysis enables the identification of important general characteristics in a basin, especially when considering the relationship of the geomorphological characteristics associated with relief and drainage network. The researches in hydrographic basins facilitate the monitoring of natural changes or introduced by man (RODRIGUES, PISSARRA e CAMPUS, 2008, p. 311), and its delimitation one of the first and most common procedures performed in hydrological or environmental analysis (ARAÚJO, TELES e LAGO, 2009, p. 4631). Thus, morphometric analysis plays an important role in studies involving basin, as it enables a systematic evaluation of the physical aspects of a basin and a better understanding of the dynamic of resources (FREIRE, LAGE e CHRISTÓFARO, 2013, p. 5443). According to Nunes, Ribeiro and Fiori (2006, p. 01), the morphometric study of hydrographic basins is defined as the quantitative analysis of the relationship between the physical geography of the basin and its hydrological dynamics. Barbosa and Ferreira (2012, p. 112) discuss that the morphological and morphometric characterization of an area allow to know the natural potential existing in it, facilitating the identification of occupancy risk areas, fragile environments, environmental impacts, human interference and the dynamics of the natural evolution of the landscape. The morphometric analysis has a close relationship with geography, since it allows understanding, through a set of morphometric parameters that relate to a list of geographic features, the dynamics of the basin as a whole, including its different compartments and consequently its natural fragility. Identify the environmental fragility of a basin means assessing, first through isolated analysis of indicators of relevant physical aspects of the environment under study, and later crosses of these, the intensity with which this environment can be exploited without harming its dynamics and its balance, taking into consideration the limitations imposed on him by the natural and anthropogenic components (GHEZZI, 2003, p. 02). It is important to note that this assessment becomes important, since it allows to assess the natural vulnerability of a basin, which according to Souza (2005, p. 52) corresponds to the degree of probability that the natural attributes have in conditioning, induce or accelerate the occurrence of a particular hazard. The author evaluates the morphometric susceptibility of drainage basins as the parcel of responsibility of the geometric behavior of the basins in triggering of problems, such as floods, erosion, landslides, among others. Ghezzi (2003, p. 08) points out that through the study of the fragility can be identified the vulnerability of an environment to some kind of use or occupation, either by result of their exploitation by either own natural factors. His study aims to observe how an environment, which of course can present degrees of fragility, behaves or may behave with the advent of human interference. Therefore, the morphometric characterization of a hydrographic basin is one of the first and most common procedures performed in hydrological or environmental analysis, and aims to elucidate the various issues related to the understanding of local and regional environmental dynamics (TEODORO et al., 2007, p. 137). In this sense, the present study aimed the analysis and morphometric compartmentalization of Coco River Basin as an aid to analysis of environmental fragility, in search of a more embracing understanding of how natural processes can be influenced by the uses and occupations imposed in the study area. STUDY AREA This study was developed at the Coco River Basin. This is located on the right bank of the Araguaia River Basin, in the state of Tocantins. The area of the basin is approximately 6,670 Km2, divided between the municipalities of Caseara, Marianópolis do Tocantins, Divinópolis do Tocantins, Monte Santo, Paraíso do Tocantins, Chapada de Areia, Pium and Barrolândia. The main watercourse of this basin is the Coco River, this has its sources in the Serra do Estrondo, having an approximate length of 356 km. MATERIAL AND METHODS METHODOLOGICAL PROCEDURES The work was divided into three stages, namely: obtaining topographical and water data; lifting morphometric parameters; morphometric analysis and compartmentalization of the Coco River Basin. Step 01: Topographic data collection and water The acquisition of relief attributes was held from Topodata project data, this offers data from the Digital Model Elevation (DME), prepared from SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). The drainage network was obtained by manual scanning in the scale 1: 5.000 using the ArcGIS 10.1, for which RapidEye Satellite images were used (resolution 5 m), dated September 2011. It is important to mention that were considered as drainage channels all those noticeable in RapidEye images that allow the linear flow of water including the intermittent course. The methodology used for ranking the drainage network was proposed by Strahler (1952), where no tributaries channels are considered to be of first order, two first order channels form a second order channel, two second-order channels form a third row, and so on. From the attributes of relief and drainage network, were performed the calculations of area, perimeter, length of the basin, the main river length, length of watercourses and number of channels in ArcGIS 10.1. Step 02: Survey of morphometric parameters The morphometric parameters used in this study were: altimetry amplitude, the main river slope, slope of the basin, drainage density (Dd), river density (Rd), compactness index (Kc), conformation index or form factor (F), tortuosity index (Ti), roughness index (Ri), roundness index of the basin, concentration time (Ct), maintenance coefficient (M), channels gradient (Cg), bifurcation ratio (Rb) and the ratio between the medium length of channels (Rl). Such parameters followed the methods described by Horton (1945), Christofoletti (1969) Strahler (1952). Step 03: Analysis and morphometric compartmentalization of the Coco River Basin In this step the morphometric analysis of the Coco River Basin was carried out as a whole, aiming at the understanding of the morphometry of this unit, especially the understanding of the basin's dynamic, since it can provide shapes, processes and development, differentiated, from heterogeneous compartments. The identification and definition of the morphometric compartments existing in the basin was performed based on analysis of the drainage network configuration in the landscape (hydrography and relief). From this assessment 05 compartments were defined (sub-basins), as follows: Sub-basin of Ribeirão Prata, Sub-basin of Ribeirão Piedade, Sub-basin of Ribeirão Surubim, Sub-basin of the Upper Coco River and Sub-basin of the Lower Coco River. It is noteworthy that the region surrounding the plain of the basin (termed as coco_lakes) were excluded from the analysis because it is a very heterogeneous environment, which do not fit the analysis of morphometric parameters defined in this study. In order to identify the behavior of each morphometric compartment in relation to its environmental fragility analyses were performed for each compartment from morphometric parameters defined in step 02. RESULTS AND DISCUSSION MORPHOMETRY OF THE COCO RIVER BASIN Table 1 describes the morphometric results obtained for the Coco River Basin. Table 1 Results of morphometric parameters of the Coco River Basin Morphometric parameters Results Drainage area 6258.07 Km2 Perimeter 613.96 km Length of the Main River 355.3 Km Length of water courses 7533.31Km Basin Length 164.99 Km Drainage pattern Dendritic Order of the basin (Strahler) 7th Minimum altitude 142.96 m Medium altitude 233.54 m Maximum altitude 697.18 m Altimetry amplitude 554.22 m Steepness of the Main River 0.97 m/Km Slope of the Basin 3.35 m/Km Maximum slope of the basin 73.91% Medium slope of the basin 3.80% Drainage density (Dd) 1.203 Km/Km2 River density (Rd) 2.637 channels/Km2 Compactness index (Kc) 2.17 Conformation index or form factor (F) 0.229 Tortuosity index (Ti) 2.37 Roughness Index (Ri) 666.72 Roundness index of the basin 0.208 Concentration time (Ct) 42 H Maintenance coefficient (M) 831.255 m/m2 The basin of the Coco River is classified as 7th order, according to Strahler classification (1952). This has an area of 6,670 Km 2, but the considered area for analysis was 6258.07 Km2, since the area that make up the seasonally flooded plains (lakes region) was not considered for analysis. The observed drainage density was 1.203 Km / Km2, indicating that the basin has a medium drainage capacity. Regarding the drainage density, the value found was 2,637 channels / Km2, i.e., each square kilometer there are 2,637 channels, however, it is noted that the basin has a variable density of the drainage network, being made up of the richest regions in the number of channels in relation to others, justifying the need for partitioning the study area. The observed values of the compactness index (2.17), form factor (0.229) and roundness index (0.208) indicate that the Coco River Basin doesn't have a circular shape, corresponding, therefore, to an elongated basin feature, being, little susceptible to flooding under normal precipitation conditions. Besides these characteristics, the concentration time found was considered high (42 hours), increasing the low probability of flooding. The sinuosity observed to the Coco River was 2.37, according to Stipp et al. (2010, p. 122), above 2.0 sinuosity values is characteristic of a sinuous drainage network, with possible accumulation of sediments along the channel, which can be aggravated by human action. The average slope of the basin was 3.8%, indicating the predominance of a flat relief to gently undulating and a maximum of 73.91% (Figure 1), near Estrondo Ridge (basin hydrographic basin), strongly wavy relief, as the EMBRAPA classification (1979). It should be mentioned that the Coco River Basin is very extensive, which has a heterogeneous relief in all its extension, which reinforces the importance of compartmentalization of it, in order to further analysis. Figure 1 Hypsometry and slope of the Coco River Basin. A minimum altitude of 142.96 m and a maximum of 697.18 m (Figure 1) was observed, resulting in an altimetry amplitude of 554.22 m. This has a direct relationship with the roughness of the basin, which was considered strong (Ri = 666.72). MORPHOMETRIC COMPARTMENTALIZATION OF THE COCO RIVER BASIN The Coco River Basin was divided into 5 compartments, as follows: Sub-basin of Ribeirão Prata, Sub-basin of Ribeirão Piedade, Sub-basin of Ribeirão Surubim, Sub-basin of the Upper Coco River and Sub-basin of the Lower Coco River, as shown in Figure 2. Figure 2 Morphometric compartmentalization of the Coco River Basin. The morphometric compartmentalization of the Coco River Basin enabled the identification of distinctive features throughout the basin. Table 2 shows the results obtained for morphometric parameters assessed in the compartments. Table 2 Results of morphometric parameters of the compartments of the Coco River Basin Morphometric characteristics Unit Rib. Prata Basin Rib. Piedade Basin Rib. Surubim Basin Upper Coco River Basin Lower Coco River Basin Drainage area Km2 951.64 1203.05 777.97 1315.07 2010.32 Perimeter Km 181.53 193.01 145.62 201.02 400.65 Length of the Main River Km 90.30 130.18 68.79 118.47 236.81 Length of water courses Km 592.15 1865.76 1028.34 2767.98 1279.66 Basin Length Km 63.91 64.27 50.08 65.55 107.30 Drainage pattern - Dendritic Dendritic Dendritic Dendritic Dendritic Order of the basin (Strahler) 5th 6th 6th 6th 7th Minimum altitude M 168.27 185.89 182.47 186.47 142.96 Medium altitude M 212.3 275.12 232.53 282.11 187.61 Maximum altitude M 288.3 697.18 361.60 679.19 247.22 Altimetry amplitude M 120.03 511.29 179.13 492.72 104.26 Steepness of the Main River m/Km 1.131 1.141 2.18 2.75 0.128 Slope of the Basin m/Km 1.878 7.95 3.57 7.516 0.97 Maximum slope of the basin % 21.56 73.91 32.88 70.03 39.30 Medium slope of the basin % 2.64 5.66 3.53 5.95 2.31 Drainage density (Dd) Km/Km2 0.62 155 1.321 2.104 0.636 River density (Rd) channels/Km2 0.49 3.47 2.795 6.725 0.411 Compactness index (Kc) - 1.647 1.558 1.461 1.552 2.50 Conformation index or form factor (F) - 0.232 0.291 0.31 0.306 0.174 Tortuosity index (Ti) - 1.42 2.251 1.457 2.095 2.323 Roughness Index (Ri) - 74.4 792.49 236.63 1036.6 66.3 Roundness index of the basin - 0.363 0.404 0.461 0.408 0.157 Concentration time (Ct) H 3.9 8.6 6.4 13.7 10.2 Maintenance coefficient (M) m/m2 1612.9 645.16 757.002 475.285 1572.32 Channels gradient (Cg) % 0.113 0.114 0.218 0.27 0.012 The evaluated sub-basins have a drain dendrite pattern with diversified drainage density values. According to Villela and Mattos (1975, p. 245), the drainage density (Dd) may vary from 0.5 km/ km2 for basins with little drainage to values above 3.5 km / km2 for exceptionally well-drained basins. In this context, evaluated sub-basins can be grouped, as its drainage, in the following way: well-drained - sub-basin of the Upper Coco River (2.104 km / km2); b) average drainage - sub-basins of Ribeirão Piedade (1.55 km / km2) and Ribeirão Surubim (1.321 km / km2) and c) poor drainage - Ribeirao Prata sub-basins (0.62 km / km2) and Lower Coco River (0.636 km / km2). The water density relates the number of channels with the total area of the basin (Almeida et al., 2013, p. 139), or indicates the number of channels to each square kilometer. As can be seen in Table 02the values vary considerably between the analyzed compartments, deserving highlight the sub-basin of the Upper Coco River with 6.725 channels / km 2, and the Lower Coco River sub-basins with 0.411 channels / km2 and Ribeirão Prata with 0.49 channels / km2, indicating that the sub-basin of the Upper Coco River has a greater capacity to generate new channels in relation to the other evaluated sub-basins which may be related to their pedologic, geological and climatic characteristics. These results agree with the values obtained for the drainage density, by pointing high infiltration to the sub-basins of the Lower Coco River and Ribeirão Prata and high surface runoff for sub-basin of the Upper Coco River. Regarding the shape of the sub-basins, all they exhibited elongated shape and can be proven by the values obtained for the indexes of compactness, roundness and form factor, indicating little susceptibility to floods in regular conditions of precipitation, deserving highlight the sub-basin of the Lower Rio Coco, which presented the smallest form factor (0.174) and circularity index (0.157) and consequently the highest value for the compactness index (2.50), confirming that this compartment is more elongated than the other, which can be shown in Figure 2 above. According to Cardoso et al. (2006, p. 244), in the basins with circular shape there are greater possibilities of heavy rains occur simultaneously in all its extension, concentrating large volume of water in the main tributary. As regards to the concentration time, i.e., the time required for all the fallen precipitation at any point of the basin reaches its end point, was observed for Upper and Lower Coco River sub-basin the highest values, being 13.7 for the first and 10.2 to the second. The sub-basin that presented a shorter concentration was Ribeirão Prata sub-basin (3.9) and the Ribeirão Piedade sub-basins a value of 8.6 and Ribeirão Surubim 6.4. The sinuosity of the main channels of the sub-basins analyzed indicated that the Ribeirão Piedade, the Upper Coco River and Lower Coco River are crooked, they presented, respectively, sinuosity indices of 2.251, 2,095 and 2.329. In sinuous channels there may be a higher accumulation of sediment, which may be exacerbated by human activities. Already the values observed for Ribeirões Prata (1.42) and Surubim (1.457) suggest mildly tortuous or transitional channels. According to Lana et al. (2001, p. 07) and Stipp et al. (2010, p. 122), values for the sinuosity index near 1.0 indicates that the channel tends to be rectilinear. Already values higher than 2.0 suggest tortuous channels and intermediate values indicate transitional, regular and irregular shapes. It is interesting to note that for sub-basin of the Upper Coco River (Ri = 1036.6) and the sub-basin of Ribeirão Piedade (Ri = 792.49) roughness was considered strong, agreeing with the drainage density and altimetry amplitude recorded for such compartments, while for the sub-basins of Ribeirão Prata and lower Coco River, the roughness presented was weak, getting 74.4 and 66.3, respectively. Sousa and Rodrigues (2012, p. 142) points out that high roughness values indicate severe runoff and also erosive events. In terms of medium slope, the values range from 2.31% to 5.95% representing a flat relief to gently undulating, as the EMBRAPA classification (1979), however, it is noteworthy that the presence of a strongly wavy relief was also identified, with maximum slope of up to 73.91%, deserving highlight the sub-basins of the Upper Coco River and Ribeirão Piedade, which showed the highest values for both the medium slopes as to the maximum. For these sub-basins, there is a tendency of increased runoff compared to the others, under the same conditions of vegetation cover, soil type and precipitation, suggesting a higher natural fragility and hence more prone to degradation. For the medium slope of the main channel and gradient channels, stood out the sub-basins of the Upper Coco River and Ribeirão Surubim, observing respective slope values of 2.75 m/m and m/km. Tonello et al. (2006, p. 855) report that the channel slope interfere in the flow velocity of the water on the course, thus, high values indicate greater runoffs and shorter time of permanence of water, being convenient a more intensive soil and water management. According to Santos and Morais (2012, p. 626), the maintenance factor is an index that aims to calculate the minimum area which the basin must provide for the maintenance of a fluvial channel meter, being its result indicated in m/m2. In the analysis were highlighted the sub-basins of Ribeirao Prata and Lower Coco River with the highest values for this coefficient, being found 1612.9 m/m2 for the first and 1572.32 m/m2 for the second. As can be seen the mentioned sub-basins require a considerable area for maintenance (recharge area) and evolution of drainage. These results can be corroborated by the drainage density and hydrographic, which it was the lowest recorded, suggesting that the sub-basins have difficulties in renewing and training of new channels. This reality can be understood when it is found that the sub-basins presented low medium declivity, being considered its relief flat to gently undulating, as the EMBRAPA classification (1979), and low roughness indexes, very important factors in the river flow and formation of new channels. Table 3 shows the results obtained for the Horton's laws (1945). Table 3 Application results of Horton laws to the compartments of the Coco River Basin Compartments Order (w) Nw Lw Log 10 Nw Rb Medium Lw Log 10 Lw Rl Ribeirão Prata 1 238 249803 2.37 4.03 1049.59 3.02 2.39 2 59 148147 1.77 5.36 2510.96 3.39 3.10 3 11 85879 1.04 3.66 7807.18 3.89 2.63 4 3 61635 0.47 3.00 20545.00 4.31 2.27 5 1 46686 0.00 46686.00 4.66 Average       4.01     2,60 Ribeirão Piedade 1 2.115 812574 3.32 4.16 384.19 2.58 2.24 2 508 438658 2.70 4.13 863.50 2.93 2.26 3 123 240351 2.08 4.24 1954.07 3.29 3.35 4 29 189853,83 1.46 4.83 6546.68 3.81 1.77 5 6 69689 0.77 6.00 11614.83 4.06 9.86 6 1 114638 0.00 114638.00 5.05 Average       4.67     3.90 Ribeirão Surubim 1 1.073 462052 3.03 3.94 430.61 2.63 2.12 2 272 248456 2.43 4,00 913.44 2.96 2.32 3 68 144628 1.83 4.00 2126.88 3.32 2.60 4 17 94306 1.23 8.50 5547.41 3.74 2.45 5 2 27260 0.30 2.00 13630.00 4.13 3.78 6 1 51551 0.00 51551.00 4.71 Average       4.48     2.65 Upper Coco River 1 4.496 1211232 3.65 4.32 269.40 2.43 2.33 2 1.039 652748 3.01 4.31 628.24 279 2.74 3 241 415412 2.38 4.63 1723.70 3.23 2.63 4 52 236054 1.71 6.50 4539.50 3.65 4.03 5 8 146536 0.90 8.00 18317.00 4.26 5.76 6 1 105597 0.00 105597.00 5.02 Average       5.55     3.50 Lower Coco River 1 396 491312 2.59 3.66 1240.68 3.09 2.28 2 108 306350 2.03 4.32 2836.57 3.45 2.62 3 25 186152 1.39 5.00 7446.08 3.87 1.55 4 5 57732,58 0.69 5.00 11546.51 4.06 20.50 7 1 236811 0.00 236811.00 5.37 Average       4.50     6.74 NOTE: Nw is the number of channels; Rb is the bifurcation rate; Lw is the medium length; Rl is the rate of length. The medium value for the bifurcation rate (Rb) for the analyzed sub-basins was similar, having the Upper Coco River sub-basin a greater observed value (5.55). Vestena et al. (2011, p. 99) studying the morphometry of the Caeté River Basin they found a medium value for the bifurcation rate close to that found for the Coco River sub-basins (4.0). The value 2.00 is normally found, however, if the channels produce certain slope, it can vary (HORTON, 1945, p. 291). According to Castro and Carvalho (2009, p. 04), the bifurcation ratio (Rb) indicates the degree of dissection of the river basin, the higher the value of the bifurcation index, greater the degree of dissection, values generally under 2 indicate hilly relief, therefore, the results suggest the presence of a relief dissected for the analyzed sub-basins. It is mentioned that the values of bifurcation ratio (Rb) for the segments of the evaluated sub-basins do not have a specific pattern. You can see that the Ribeirão Prata sub-basin showed a higher Rb between the channels of first and second order (5.36), indicating for this compartment that the lower the hierarchical order, the greater the bifurcation ratio. In the case of sub-basins of Ribeirões Piedade and Surubim the largest verified bifurcation ratios were between the channels of fourth and fifth order, having the channels of first to third orders similar bifurcation behaviors. As for the sub-basins of the Upper Coco River and Lower Coco River the most representative bifurcation rate was for fifth-order channels, having the Upper Coco River a greater number of channels of lower orders (1st and 2nd). Was also found that the said sub-basin has forming channels of inner basins (microbasins), considering the number of identified channels of superior orders (4th and 5th orders). For the ratio between the medium lengths of the channels (Rl), stood out the sub-basin of the Lower Coco River with a medium value of 6.74 and the sub-basin of Ribeirão Piedade with 3.90. Already Ribeirao Prata sub-basins, Ribeirão Surubim and Upper Coco River showed similar medium values, as follows: 2.60, 2.65 and 3.50, respectively. The results of morphometric analysis in the different compartments of the Coco River Basin indicated that the sub-basins of the Upper Coco River and Ribeirão Piedade are the compartments that have higher natural fragilities. Therefore, these compartments deserve special attention as regards the activities of use and occupation of the soil, which, if not performed with caution may potentiate the effects of natural processes, such as the intensification of soil losses by erosion and consequent siltation and decrease in water quality. FINAL CONSIDERATIONS From the results obtained for morphometric compartmentalization of the Hydrographic Basin of Coco River can be concluded that: The analysis of compactness indices, roundness and form factor indicated that all evaluated compartments exhibited elongated shape, signaling little susceptibility to floods in regular rainfall conditions; The sub-basins of Ribeirão Prata and Lower Coco River are compartments that showed the highest maintenance coefficients, 1612.9 m/m2 and 1572.32 m/m2 respectively, indicating a considerable area for maintenance (recharge area) and evolution of drainage; The sub-basin of the Upper Coco River presented a greater number of lower orders channels (1st and 2nd), and indicate high ability to articulate forming channels of inner basins (micro-basins), given the number of identified channels of superior orders (4th and 5th orders); The more representative density and hydrographical drainage was for the sub-basin of the Upper Coco River with 2.104 Km/Km2 and 6.725 channels/Km2, respectively, indicating greater ability to generate new channels in relation to the other evaluated sub-basins which can be related to their soil, geological and climatic characteristics; Roughness presented to the sub-basin of the Upper Coco River (Ri = 1036.60) and the sub-basin of Ribeirão Piedade (Ri = 792.49) suggest severe runoff and also the erosive occurrences for these compartments, implying conservation soil practices. Therefore, the set of analyzed morphometric parameters indicated that the sub-basins of the Upper Coco River and Ribeirão Piedade are the compartments that have higher natural fragilities, requiring greater management of the activities of use and occupation of the soil, to minimize the potential effects of natural processes occurring in these compartments.
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