Foi utilizado um modelo de esquistossomose aguda do camundongo para testar se o tratamentop curativo da parasitose nesta fase poderia produzir uma exacerbação das lesões hepáticas e esplênicas, em virtude da destruição maciça de vermes e ovos nointerior do sistema porta. Camundongos infectados com 50 cercárias do Schistosoma mansoni foram tratados no 50º dia da infecção por uma combinação de oxamniquine e praziquantel e submetidos a exames histopatológicos seqüenciados desde o 2º até o 45º dia após o tratamento. Muito embora tenham sido encontrados lesões focais intensas causadas por vermes mortos no interior do fígado, não foi encontrada qualquer evidência de agravamento das lesões gerais (hepatite reacional e esplenite, ou nos granulomas periovulares) quando se fez comparação com um grupo de controle de animais não tratados. Dos 50 animais tratados durante a fase aguda da esquistossomose apenas um morreu espontaneamente, enquanto no grupo de controle 16 de 30 animais morreram antes do fim do experimento. A presente investigação indica que o tratamento curativo durante a fase aguda da esquistossomose não agrava as lesões gerais desta fase no fígado e no baço e contribui para o desaparecimento gradual das lesões já a partir do 6º dia após a terapêutica.
esquistossomose aguda; quimioterapia; lesões hepáticas e esplênicas; Schistosoma mansoni