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Contribuição ao estudo da esquistossomose aguda (uma tentativa experimental)

Numa tentativa para se estabelecer um modelo experimental para o estudo da esquistossomose aguda foram estudadas as alterações presentes na pele, pulmões, fígado e baço de comundongos submetidos a infecção com 30 ou 100 cercarias do Schistosoma mansoni e divididos em quatro tipos de experimentos: infecção simples, infecções repetidas, infecção unissexuada e infecção em animais provenientes de mães infectadas. Os animais foram sacrificados em dias alternados a partir do momento da infecção até 50 dias depois. As lesões encontadas na fase pré-postural foram discretas e poucas, mesmo quando os animais foram submetidos a infecções repetidas. As alterações mais súbitas e significativas de hepatite e esplenite reacionais surgiram quando os primeiros ovos maduros apareceram no fígado. As lesões mais iniciais em torno de ovos maduros eram representadas por necrose lítica ou coagulativa, as quais se seguiam forte infiltração de eosinófilos. Estas lesões aparecem como os principais elementos da patogenia da esquistosomose aguda do camundongo. Nos animais oriundos de mães infectadas as lesões iniciais em torno de ovos maduros sofreram uma rápida transformação fibrosa, parecendo influenciadas por um diferente tipo de modulação imunológica. O modelo murino se revelou interessante para as investigações sobre a patoogia e patogenia da esquistossomose aguda.

esquistossomose aguda; patogênese; esquistossomose experimental


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