Durante o período de um ano (maio de 1982 - abril de 1983) avaliou-se a circulação e manutenção de bactérias enteropatogênicas, em população de menor institucionalizada e funcionários adultos contactantes, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Foram constituídos três grupos: A e B incluíram, respectivamente, 104 e 46 crianças, portadoras de quadro diarréico, diferenciando-se pelo período de ingresso na instituição, anterior (B) e durante (A) o período do estudo; o grupo C era composto de 82 adultos contactantes. Fontes de infecção parcialmente expressas pela positividade de coproculturas: 35,2% no grupo A, 39,1% no B e 19,7% nos adultos sadios, sugerem a potencialidade de outras vias de transmissão representadas pelo ambiente com 30% de contaminação fecal. Maior taxa de isolamento combinada a elevados títulos de anticorpos indicaram Escherichia coli (EPEC) como o agente prevalente, enquanto que na hemaglutinacão passiva, Shigella predominou. Admite-se que a instituição deve desempenhar um papel importante na epidemiologia e transmissão de infecções entéricas para a comunidade.
epidemiologia; gastroenterites (infantil); enterobactéria; transmissão