Em lesões cutâneas, de um caso humano e de um cão, procedente de área endêmica de leishmaniose tegumentar no Rio de Janeiro, foi isolada L.d. chagasi. Ambas as culturas foram identificadas por caracterização molecular e immunológica do parasito utilizando três diferentes métodos: mobilidade eletroforética de isoenzimas, análise do kDNA e anticorpos monoclonais. Este parece ser o primeiro caso humano bem documentado, no Novo Mundo, de uma Leishmania "viscerotrópica" induzindo lesões cutâneas e demonstra que o diagnóstico do agente etiológico baseado somente na observação clínica e dados epidemiológicos pode levar a conclusões errôneas.