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Aspectos epidemiológicos da toxoplasmose em escolares residentes em localidades com características urbana e rural do Rio de Janeiro, Brasil

Foram feitos testes de imunofluorescência (IF) para toxoplasmose em 608 escolares do 1º grau, sendo 166 de Bonsucesso (área urbana do Rio de Janeiro) e 442 da baixa de Jacarepaguá (área com características rurais). Todas as IF-IgM foram não-reagentes, enquanto que 416 escolares (68,4%) foram soro-reagentes na IF-IgG (maior ou igual a 1:16). As percentagens de soro-reagentes em Jacarepaguá foram significantemente superiores às de Bonsucesso, tanto em relação ao número total de escolares, como quando subdivididos segundo as faixas etárias de 6 a 8 anos ou de 12 a 14 anos. Tanto em Jacarepaguá quanto em Bonsucesso, a prevalência de reagentes no grupo etário de 12 a 14 anos foi significantemente maior do que no grupo de 6 a 8 anos de idade. Em Jacarepaguá encontraram-se prevalências significantemente maiores de soro-reagentes entre os escolares que referiam a ingestão de carne crua ou mal cozida, assim como entre o que possuiam gato; isto ocorreu tanto no grupo etário de 6 a 8 anos como no de 12 a 14 anos. Em Bonsucesso só houve diferença significante entre as crianças de 6 a 8 anos que possuiam gatos no domicílio. Verificou-se assim que em área com característica rural o risco de infecção era maior e mais precoce do que em área urbana.

toxoplasmose; transmissão; seroepidemiologia


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