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Disputas territoriais, conflitos de identidade e violência no surfe

Manifestações agressivas de localismo são preocupações entre surfistas e se tornam conhecidas pela mídia especializada. O objetivo deste trabalho foi investigar este fenômeno a partir de um caso específico por meio de pesquisa de campo conduzida para a etnografia entre surfistas da cidade de São Paulo. Os dados foram obtidos por observação participante e entrevistas abertas. Os resultados mostram que os conflitos geralmente começam com disputas pelas melhores ondas. O surfe institui uma regra geral de acordo com "critérios de prioridade pela onda" baseada no posicionamento espacial. No entanto, esta regra pode ser desobedecida propositalmente, de acordo com a sociabilidade dos surfistas. Diferenças étnicas e de classe baseadas em processos históricos aparecem como relações de oposição reveladas por categorias de acusação ou identidade (no caso de São Paulo: local, haole, roots, prego e playboy). Entretanto, como os surfistas circulam entre grupos e praias a procura de ondas sua atribuição é contextual e intercambiável.

surfe; violência; identidade; sociabilidade


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