RESUMO
Há um hiato entre a centralidade que Marx e o marxismo ocupam na obra de Fernando Henrique Cardoso e o lugar que se costuma reservar a ele no cânone do marxismo brasileiro. O presente artigo apresenta evidências desse descompasso e explora a hipótese de que ele não se deve à posterior carreira do intelectual na política profissional, mas, sim, a uma conjunção de fatores, internos e principalmente externos à sua obra, que cumpre analisar em detalhe.
PALAVRAS-CHAVE:
Fernando Henrique Cardoso; pensamento político brasileiro; marxismo; Brasil