Resumo
A bibliografia sobre o II Plano Nacional de Desenvolvimento (1975-1979) é caracterizada por vários trabalhos preocupados com acertos e erros da política econômica. Os que defendem os acertos enfatizam o efeito positivo da substituição de importações pretendida sobre a balança comercial na década de 1980. Os que acusam erros responsabilizam a sujeição de uma suposta racionalidade econômica a uma presumida racionalidade política autoritária ou o voluntarismo irrealista da ditadura descolada de bases sociais. Este artigo apresenta evidências de reivindicações de frações internas do patronato industrial e de interações com o sistema político que, a despeito do autoritarismo (seletivo), sugerem que a formulação do II PND expressa a autonomia relativa de um Estado articulado a bases sociais específicas.
Palavras-chave:
II PND; ditadura; Estado; frações de classe; empresariado industrial