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Regime macroeconômico e mercado de trabalho. A experiência argentina nas últimas duas décadas

Resumo:

Este artigo analisa as interações entre regimes macroeconômicos, geração de empregos e a dinâmica dos rendimentos laborais na Argentina sob dois regimes macroeconômicos distintos: o regime de currency board dos anos 90, e o subsequente regime de altas taxas reais de câmbio. O primeiro, caracterizado por forte sobrevalorização cambial, teve impacto negativo sobre a atividade econômica e o mercado de trabalho. Entretanto, a manutenção de uma taxa real de câmbio competitiva não garante, por si mesma, um desempenho positivo sustentável do mercado de trabalho, como se tornou evidente na Argentina durante a década de 2000. Embora desvalorizações significativas do peso - assim como um contexto internacional favorável - favoreceram a expansão do produto e do emprego, a preocupação inicial com a manutenção da taxa real de câmbio em níveis competitivos não foi complementada com políticas voltadas para conter a tendência de apreciação que surgiu alguns anos após a implementação do novo regime.

Palavras-chave:
mercado de trabalho; regime macroeconômico; taxa real de câmbio; Argentina

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