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Crítica à leitura hayekiana da História: a perspectiva da ação política de Hannah Arendt

Mostrar as limitações da leitura hayekiana da História contrapondo-a à perspectiva teórica da ação política de Hannah Arendt é o objetivo deste texto. O artigo tem três partes constitutivas: na primeira parte, apresentamos a teoria hayekiana da ordem espontânea como uma ordem racional e leis tão inexoráveis quanto as que ele critica em Marx. Em uma palavra, a ideia do autodesenvolvimento do mercado visto como a única forma possível de organização para as sociedades contemporâneas. Na segunda parte, mostramos que conceitos caros ao liberalismo estão presentes em autores críticos, como Hannah Arendt, em que o indivíduo através da ação política constrói um mundo justo, conciliando liberdade individual com interesses coletivos. Finalmente, na terceira parte do artigo, contrapomos os dois autores, mostrando que o antídoto ao totalitarismo e o espaço da liberdade não estão no liberalismo ou na lógica do mercado, como advoga Hayek, mas na democracia, como pleiteia Arendt, conceito central do seu edifício teórico e espaço privilegiado da ação política, da liberdade e da justiça.

Friedrich August von Hayek; ordem espontânea; ação política; Hannah Arendt; mercado e democracia


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