Resumo
Este estudo avaliou a atividade anestésica do óleo essencial de Lippia alba (OELA), quimiotipo linalool, em um peixe eurialino (robalo-peva Centropomus parallelus). No primeiro experimento, peixes foram expostos a 30, 80, 130, 180, 200 e 230 µL OELA L−1. O segundo experimento avaliou peixes pequenos e grandes com 180 µL OELA L-1. No terceiro experimento, avaliou-se taxa ventilatória por até 120 min em animais expostos a 5 e 10 µL OELA L−1. No quarto experimento, peixes anestesiados com 30 e 180 µL OELA L-1 foram avaliados nos tempos 0, 30 e 60 min após a recuperação anestésica para verificação de parâmetros bioquímicos e antioxidantes. Os melhores tempos de anestesia leve e profunda foram obtidos com 30 e 180 µL OELA L-1. Peixes maiores apresentaram anestesia e tempos de recuperação mais elevados. A taxa ventilatória aumentou em peixes expostos para OELA comparados ao grupo controle. Os níveis de glicose sanguínea e cortisol corporal foram maiores em peixes anestesiados com 180 µL OELA L-1. Robalos-peva expostos para OELA tiveram maior atividade de glutationa S-transferase e superóxido dismutase no fígado, sem afetar os níveis de catalase e peroxidação lipídica. O uso de 180 µL OELA L-1 é recomendado para anestesia de robalo-peva, pois aumentou taxa ventilatória e níveis de glicose sanguínea, cortisol corporal, e preveniu estresse oxidativo.
Palavras chave:
Cortisol; Glicose; Peroxidação lipídica; Recuperação anestésica; Taxa de ventilação