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Reproductive biology of the Brazilian blind electric ray Benthobatis kreffti (Chondrichthyes: Narcinidae)

RESUMO

Este estudo apresenta informações sobre a biologia reprodutiva da raia elétrica cega brasileira Benthobatis kreffti, endêmica do sul e sudeste brasileiros. Os indivíduos foram capturados com arrasto de fundo, em 2003 e 2007, a 492-501 m de profundidade no talude continental do Estado de São Paulo. Um total de 152 fêmeas (115-299 mm) e 144 machos (91-243 mm) foram capturados. A maturidade foi observada em fêmeas de 177 mm e machos de 162 mm, com o tamanho onde 50% dos indivíduos encontra-se maduros calculado em 191 mm (fêmeas) e 176 (machos). O tamanho da prole foi de 1-3 embriões e não foi relacionado ao comprimento materno. O tamanho ao nascer foi estimado a partir do tamanho do maior embrião à termo e o menor neonato e foi de 91-100 mm. A baixa fecundidade observada é típica de elasmobrânquios de profundidade, bem como a maturidade tardia, comparados com espécies costeiras. O grande tamanho ao nascer sugere que essa espécie investe no tamanho de cada embrião em vez do número de embriões produzidos, aumentando a chance de sobrevivência da prole. Neste contexto, estes parâmetros ressaltam a vulnerabilidade desta e outras espécies de elasmobrânquios a mortes ocasionadas pela pesca em maiores profundidades.

Palavras-chave:
Fecundidade; Profundidade; Tamanho ao nascer; Tamanho de primeira maturidade; Torpediniformes

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