Durante um estudo recente sobre a ictiofauna da Chapada Diamantina, foi descoberta uma nova espécie de Aspidoras, bastante distinta morfologicamente de suas congêneres, em afluentes do alto rio Paraguaçu, Estado da Bahia, Brasil. O novo táxon difere das demais espécies de Aspidoras principalmente pela pigmentação pouco desenvolvida, restrita a minúsculas máculas espalhadas na região dorsal da cabeça e corpo, concentradas em pequenas manchas irregulares ao longo da junção das placas laterais; por apresentar as quatro a cinco últimas vértebras caudais anteriores ao centro caudal composto com os espinhos neurais e hemais situados posteriormente junto às pós-zigapófises; e pós-zigapófises das vértebras pré-caudais sem expansões dorsais unidas ao respectivo espinho neural. Além disso, a nova espécie compartilha com Aspidoras velites a condição em que as placas dorso-laterais não contatam suas contrapartes dorsalmente, e os ossos infra-orbitais reduzidos a pouco mais que o canal látero-sensorial, características redutivas, provavelmente indicando um estado de caráter pedomórfico para estas espécies. A nova espécie é ainda comparada a Aspidoras maculosus, congênere mais semelhante no padrão de colorido e também aquela mais próxima geograficamente.
