O efeito de doses reduzidas de Ovaprim® (GnRHa + domperidona) na liberação do sêmen de Brycon orbignyanus e Prochilodus lineatus foi avaliado. Além disso, a qualidade do sêmen foi comparada entre as amostras frescas, equilibradas e descongeladas. Os machos receberam dose única e reduzida de Ovaprim® (0,125 ou 0,25 ml/kg); os machos-controle receberam extrato de hipófise (cPE; 3 mg/kg). O sêmen fresco foi avaliado quanto ao volume, concentração, e osmolalidade e pH do plasma seminal. Em seguida, o sêmen foi diluído num meio de congelamento, equilibrado por 15-20 min e congelado em botijão de vapor de nitrogênio (dry-shipper). A motilidade espermática foi analisada durante 60 s pós-ativação no sêmen fresco, equilibrado e descongelado. A qualidade do sêmen não diferiu entre os machos tratados com Ovaprim® (ambas as doses) ou cPE, assim foi feito um pool desses dados. Em B. orbignyanus, a motilidade foi maior no sêmen fresco (99%) do que no equilibrado (81%); a motilidade do sêmen descongelado caiu para 42%. Em P. lineatus, a motilidade foi semelhante entre o sêmen fresco (99%) e equilibrado (92%); a motilidade do sêmen descongelado foi 73%. A motilidade caiu em função do tempo pós-ativação, e essa queda foi significante após 60 s no sêmen fresco e equilibrado, e tão precoce quanto 30 s no sêmen descongelado, em ambas as espécies. Ovaprim® a 1/4 da dose recomendada pode substituir o cPE com sucesso.