Resumo
Peixes são frequentemente usados como bioindicadores da presença de metais potencialmente tóxicos em ecossistemas aquáticos. O objetivo deste estudo foi quantificar as concentrações de Cd, Cr, Cu, Hg, Pb e Zn em amostras de água e sedimento do rio Sorocaba e em amostras de musculatura e brânquias de sete espécies de peixes (Hoplosternum littorale, Pterygoplichthys ambrosettii, Hypostomus ancistroides, Geophagus iporangensis, Prochilodus lineatus, Psalidodon cf. fasciatus e Rhamdia quelen), pertencentes a diferentes níveis tróficos. Além disso, foi obtido o fator de bioacumulação e o fator de bioconcentração. A análise de água e sedimento indicaram concentrações médias de metais abaixo do limite máximo permitido pela legislação brasileira. Foram encontrados valores acima da legislação principalmente para o cromo: oito brânquias e 10 músculos. O grupo trófico que apresentou maior contaminação foi o iliófago, seguido pelos insetívoros. Não foi verificado diferenças significativas entre os grupos tróficos na absorção dos metais analisados, exceto para zinco e mercúrio em brânquias de peixes. O fator de bioacumulação nas brânquias e músculos mostrou que Hg e Zn apresentaram os maiores valores para o sedimento na maioria das espécies estudadas. Pesquisas futuras são necessárias para ampliar a avaliação à medida que os peixes são consumidos e a coleta de água para abastecimento começou recentemente a jusante da área de estudo.
Palavras-chave:
Contaminação ambiental; Contaminação do sedimento; Fator de bioacumulação; Fator de bioconcentração; Ictiofauna