Resumo
Os sistemas costeiros abrangem uma variedade de ecótonos que são importantes para as espécies de peixes, fornecendo diversos micro-habitats e áreas para alimentação, proteção contra predação, reprodução e áreas para recrutamento. No entanto, a maioria desses sistemas enfrenta grandes ameaças de atividades humanas. Considerando os níveis crescentes de perturbação humana nos ecossistemas costeiros, a compreensão das associações peixe-habitat pode fornecer informações importantes sobre os padrões de ocorrência e distribuição de espécies em sistemas afetados pelo homem, que podem apoiar o desenvolvimento de medidas eficazes de conservação e gestão. Neste contexto, investigamos a relação entre os cavalos-marinhos (Hippocampus reidi) e a complexidade do habitat e diferentes espécies de fixação, para determinar a possível variação entre locais e entre estações do ano. Os dados foram obtidos nos recifes rochosos das baías de Guanabara (Praia da Urca) e Sepetiba (Ilha das Duas Irmãs), no sudeste do Brasil, por mergulho livre ao longo de transectos fixos. Os cavalos-marinhos foram contados, e o substrato usado por cada indivíduo foi registrado e identificado como espécie ou atribuído a um grupo morfofuncional. As praias diferiram quanto à composição e grupos morfofuncionais, embora compartilhando alguns grupos morfofuncionais. Os cavalos-marinhos foram mais frequentemente associados a substratos arborescentes/ramificados em ambos os locais, a foliáceos e maciços. A associação com algas foi particularmente encontrada na Urca, enquanto o coral Carijoa riisei na Ilha de Duas Irmãs.
Palavras chave: Costão rochoso; Estuário; Grupo morfofuncional; Habitat; Peixe recifal