Resumo
Begônias cultivadas em estufas são susceptíveis a doenças causadas por bactérias e fungos patogênicos, diminuindo a qualidade do material propagado. A cultura de tecidos vegetais oferece uma alternativa para a rápida propagação de material saudável de Begônia. O presente estudo foi realizado para desenvolver o protocolo de micropropagação de três espécies de Begônia e um híbrido a partir de explantes de inflorescências. Botões florais masculinos com parte do pedicelo restrita a 1 mm foram cultivados in vitro em 6 variantes de meio N6 modificado. Demonstrou-se que a organogênese do broto adventício ocorreu tanto nos tecidos do pedicelo quanto no receptáculo sob a ação de qualquer tipo de citocinina aplicada. O uso de BA e 2-iP induziram principalmente a organogênese direta, enquanto o uso de TDZ induziu a eventos morfogênicos através do estágio de formação de calo. Para o estabelecimento do cultivo in vitro o mais eficaz foi o meio de cultura, suplementado com 1,5 µM 2-iP + 0,54 µM NAA com adição de 40 mg L-1 de sulfato de adenina, contribuindo para a maior regeneração de brotos de explantes florais de todas as begônias estudadas. A análise histológica das rotas de botões adventícios demonstrou que a sua indução ocorre sob tratamento direto das células subepidérmicas. A análise morfológica realizada após a adaptação das plântulas às condições de casa de vegetação não revelou variações morfológicas ou de florescimento na progênie, derivada da inflorescência das begônias. A técnica sugerida é considerada uma etapa prática para a obtenção de material de plantio uniforme para a propagação de plantas de Begônia economicamente valorizadas.
Palavras-chave:
begônias; explantes florais; morfogênese in vitro