Germinação de sementes de palmeiras sob períodos de reidratação

Resumo

As sementes de palmeiras apresentam indicativo de serem recalcitrantes e a germinação, para muitas espécies, é lenta e desigual, mesmo em condições favoráveis, muitas vezes devido à resistência do endocarpo lenhoso que os tornam impermeáveis a água. A maioria das espécies possui ainda a característica de não tolerar o processo de secagem a baixos teores de umidade, perdendo assim sua viabilidade. Tendo em vista essas considerações, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes períodos de reidratação no processo germinativo de sementes de palmeira-real, tamareira anã, e jeriva. As sementes foram homogeneizadas e imersas em água contendo 3 vezes o volume das mesmas, com substituição diária. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com 5 tratamentos (0, 3, 6, 9 e 12 dias de reidratação), com 4 repetições de 25 sementes. As sementes foram colocadas em caixas de plástico tipo “gerbox” transparentes contendo como substrato vermiculita média e colocadas em BOD com fotoperíodo de 16 horas de luz e suas respectivas temperaturas ótimas para cada espécie. A contagem do número de sementes germinadas foi realizada a cada 2 dias até estabilização da germinação. As variáveis analisadas foram porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG) e distribuição da germinação ao longo dos dias. A reidratação por 3 dias aumentou a taxa de germinação de sementes de palmeira-real. Para as espécies tamareira anã e jeriva a reidratação não influenciou nas variáveis analisadas. O IVG e TMG foram influenciados negativamente pelos períodos de reidratação para palmeira-real. A reidratação prolongou o pico de germinação das espécies estudadas.

Palavras-chave:
Phoenix roebelenii O’Brien; Roystonea regia (Kunth) O.F. Cook; Syagrus romanzoffiana Cham. Glassm.