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A tese da "nova clivagem" e a base social do apoio à direita radical

A ascensão da direita radical está aberta a múltiplas interpretações. A questão abordada neste artigo é saber se muitos desses partidos criaram uma base social duradoura entre os eleitores e, se assim for, quais setores sociais apresentam maior probabilidade de apoiá-los. A primeira parte discute os marcos teóricos alternativos oferecidos pelos trabalhos clássicos dos anos 1950 e 1960, a tese da "nova clivagem social" comum durante a última década e a teoria do desalinhamento partidário. Em seguida, o artigo analisa hipóteses concorrentes sobre a base social do voto na direita radical em quinze países, usando dados retirados do Survey Social Europeu de 2002 e do Estudo Comparativo de Sistemas Eleitorais, 1996-2001. A segunda parte trata do papel de indicadores socioeconômicos, enquanto a terceira parte examina a duradoura diferença entre os sexos e os padrões geracionais de apoio. A conclusão considera as implicações desses resultados para compreender a base da popularidade da direita radical e para a estabilidade e longevidade desses partidos.

direita radical; voto; clivagem social; desalinhamento partidário; dados de surveys


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