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Carta de valores versus carta de intenções: uma reflexão sobre a abordagem integrativa da dimensão cultural em organizações

Este artigo propõe a discussão da abordagem integrativa dos estudos sobre cultura organizacional, tratada como um instrumento homogeneizador e normatizador, na qual a carta de valores seria uma ferramenta para submeter os atores aos ideais organizacionais. A proposição é que se deve reconhecer a complexidade e a heterogeneidade das organizações, utilizando-se dos enfoques da integração, diferenciação e fragmentação de forma complementar. Em contra-partida à carta de valores propõese a idéia da carta de intenções que, mesmo contendo princípios desejáveis pela organização, deve ser confrontada com as percepções dos atores responsáveis pela definição de significados inerentes ao seu universo organizacional, muitas vezes em posição de ambigüidade entre o consenso e o dissenso sobre o que é desejável para os atores e a organização. Como ilustração serão discutidos dados de uma pesquisa de campo em uma empresa estatal brasileira.


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