Resumo
A descentralização, intersetorialidade e rede são abordadas como estratégias de um novo modelo de gestão municipal na gestão das políticas sociais, tendo em vista a qualidade de vida dos munícipes. A descentralização, enquanto propõe a transferência de poder de decisão sobre as políticas sociais para os níveis periféricos da cidade, possibilita que a sua gestão ocorra com o envolvimento dos seus usuários. Essa transferência de poder, necessariamente, não otimiza a gestão integrada dessas políticas. A intersetorialidade constitui uma alternativa para otimizar essa gestão, pois integra as diversas políticas sociais na solução dos problemas sociais, que afetam grupos de população que ocupam determinado território. A rede, como a construção de relações entre atores sociais, preservando sua identidade, viabiliza e otimiza recursos necessários ao encaminhamento da gestão das políticas sociais. Analisa-se dois casos de modelos de gestão, no Brasil, a partir dos pressupostos, a experiência da reforma administrativa de Fortaleza, estado do Ceará, e a criação de uma rede intermunicipal de municípios da região de saúde de São João da Boa Vista, no estado de São Paulo.