A complexidade do processo de inovação tecnológica em atividades intensivas em conhecimento vem provocando o surgimento de novos arranjos colaborativos e novos modelos de negócio para as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD). Este artigo apresenta uma avaliação da Prática Centros e Redes de Excelência Petrobras/Coppe (PCREX) à luz dos referenciais teóricos da Hélice Tríplice, Inovação Aberta, Relação Universidade-Empresa e Redes de Inovação. O modelo PCREX propõe a construção de novos organismos interorganizacionais permanentes, voltados ao desenvolvimento de áreas específicas do conhecimento. A análise da PCREX é aprofundada pelo estudo de caso do Centro de Excelência em Geoquímica da Petrobras (Cegeq), protótipo da aplicação da PCREX, institucionalizado em 1996. A pesquisa revelou o total alinhamento da PCREX com as abordagens da Hélice Tríplice e da Inovação Aberta, o que confirma seu potencial dinamizador do processo de inovação; porém, apontou dificuldades na realização desse potencial no caso Cegeq. O estudo de caso evidenciou a necessidade de se avançar no desenvolvimento da capacidade de atuar em redes de colaboração e na construção de ambientes institucionais favoráveis ao exercício da colaboração nos moldes PCREX. A pesquisa revelou, ainda, que a adoção do modelo PCREX para a gestão das atividades de PD é uma decisão estratégica que precisa estar alinhada com a estratégia corporativa.
Tecnologia; Pesquisa e desenvolvimento; Inovação; Metodologia; Arranjos colaborativos