Escala de Competências Gerenciais em um Contexto de Gestão Pública: Desenvolvimento e Evidências de Validação

Paz, Luísa Magalhães Coelho Ávila; Odelius, Catarina Cecília

doi:10.1590/1984-92302021v28n9705PT

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Sumário

Artigo • Organ. Soc. 28 (97) • Apr-Jun 2021 • https://doi.org/10.1590/1984-92302021v28n9705PT copiar

Escala de Competências Gerenciais em um Contexto de Gestão Pública: Desenvolvimento e Evidências de Validação

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

O estudo teve o objetivo de desenvolver e apresentar evidências de validação para uma escala de domínio de competências gerenciais no contexto da gestão pública. O instrumento inicial para coleta de dados foi desenvolvido com base em análise da literatura, validação teórica e semântica por juízes, além de pré-teste. O questionário foi respondido eletronicamente por 447 profissionais, gestores e não gestores, pertencentes a diferentes entidades públicas estaduais de assistência técnica e extensão rural. O resultado da análise fatorial exploratória apresentou indícios de validade e confiabilidade, indicando trinta itens de competências que se agruparam em três fatores: contribuição para a estratégia, prestação de serviços públicos e gestão de equipe. Concluiu-se que as evidências apontam a validade da escala para medir o domínio de competências gerenciais, contribuindo para a evolução e maior confiabilidade nos estudos de administração. Além disso, as competências identificadas reforçam o papel dos gestores no alinhamento e gestão da estratégia organizacional, apontam para a existência de características comuns a gestores que atuam em diferentes organizações e demonstram a adequação do instrumento à realidade do setor público. Sugere-se a utilização da escala em outros contextos de pesquisa a fim de confirmar sua estrutura e potencial de generalização.

competências gerenciais; escala; setor público

Categorias		Competências gerenciais	Autores
Clientes (CLI)	1	Presta atendimento de excelência ao cliente, procurando satisfazer as expectativas.	Brandão et al. (2010)Brandão, H. P, Borges-Andrade, J. E., Freitas, I. A., & Vieira, F. T. (2010). Desenvolvimento e estrutura interna de uma escala de competências gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa , 26 (1),171-182. doi:10.1590/S0102-37722010000100019 ; Bündchen et al. (2011)Bündchen, E., Rossetto, C. R., Silva, A. B. (2011). Competências gerenciais em ação – caso do Banco do Brasil. Revista Eletrônica de Administração , 17 (2), 396-423. doi:10.1590/S1413-23112011000200004 ; Fleury e Fleury (2001)Fleury, A. C. C., Fleury, M. T. L. (2001). Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira (2a ed.). São Paulo, SP: Atlas. ; Godoy e D'Amelio (2012)
	2	Orienta as ações pelas necessidades dos clientes.
	3	Gerencia o relacionamento com clientes com base no respeito, cortesia e ética.
	4	Comunica-se com o cliente com linguagem clara, objetiva e acessível.
Gestão estratégica (EST)	5	Estabelece visão de futuro e orienta as ações para o resultado.	Bündchen et al. (2011)Bündchen, E., Rossetto, C. R., Silva, A. B. (2011). Competências gerenciais em ação – caso do Banco do Brasil. Revista Eletrônica de Administração , 17 (2), 396-423. doi:10.1590/S1413-23112011000200004 ; Fleury e Fleury (2001)Fleury, A. C. C., Fleury, M. T. L. (2001). Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira (2a ed.). São Paulo, SP: Atlas. ; Brandão et al. (2010)Brandão, H. P, Borges-Andrade, J. E., Freitas, I. A., & Vieira, F. T. (2010). Desenvolvimento e estrutura interna de uma escala de competências gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa , 26 (1),171-182. doi:10.1590/S0102-37722010000100019 ; Ésther (2011)Ésther, A. B. (2011). As competências gerenciais dos reitores de universidades federais em Minas Gerais: a visão da alta administração. Cadernos EBAPE.BR , 648-667. Retrieved from http://bit.ly/3tOfQ2Y http://bit.ly/3tOfQ2Y... ; Amaral (2006)Amaral, H. K. (2006). Desenvolvimento de competências de servidores na administração pública brasileira. Revista do Serviço Público , 57 (4), 549-563. doi:10.21874/rsp.v57i4.211 ; Oliveira et al., (2010)Oliveira, F.B., Sant’Anna, A. S., & Vaz, S. L. (2010). Liderança no contexto da nova administração pública: uma análise sob a perspectiva de gestores públicos de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Revista de Administração Pública , 44 (6), 1453-1475. doi:10.1590/S0034-76122010000600009 ; Katz (1955)Katz, R. L. (1955). Skills of an effective administrator. Harvard Business Review, 33(1), 33-42. ; Quinn et al. (2003)Quinn, R. E., Faerman S. R., Thompson, M. P., McGrath, M. (2003). Competências gerenciais: princípios e aplicações. Rio de Janeiro, RJ: Campus. ; Cardoso (2009)Cardoso, A. L. J. (2009). Percepções de gestores sobre competências gerenciais em diferentes contextos: estabilidade e mudança organizacional. REBRAE Revista Brasileira de Estratégia, 2 , 147-169. Retrieved from https://bit.ly/3f3ZGhX https://bit.ly/3f3ZGhX... ; Yulk (2010)Yulk, G. (2010). Leadership in organizations . (7a ed.). Upper Saddle River: Prentice Hall. ; Godoy e D'Amelio (2012); Santos (2014)Santos, A. P. (2014). Competências para a carreira de gestores governamentais: desenvolvimento e evidências de validade de uma escala. Revista de Gestão , 21 (1), 27-41. doi:10.5700/rege517 ; Comin et al. (2017)Comin, L. C., Severo, E. A., Dall Agnol, C. F., Medeiros, L. S., & Guimarães, J. C. F. (2017). Competências gerenciais: uma perspectiva dos gestores das empresas do agronegócio. Perspectivas em Gestão & Conhecimento , 7 (1), 228-243. doi:10.21714/2236-417X2017v7n1p228
	6	Formula cenários, identificando forças, fraquezas, ameaças e oportunidades para a organização.
	7	Formula planos, estabelecendo objetivos, metas, atribuições, prazos e prioridade.
	8	Monitora indicadores para alcançar as metas.
	9	Traça estratégias para atingir resultados a longo prazo.
	10	Atua como importante agente das mudanças propostas pela organização.
	11	Adapta-se rapidamente às situações de mudança.
	12	Identifica previamente futuras mudanças no ambiente de negócios da organização.
	13	Identifica opções estratégicas compatíveis com a realidade organizacional.
	14	Possui visão holística da organização.
	15	Reconhece o papel das diferentes unidades organizacionais, bem como suas interdependências.
	16	Tem domínio sobre o portfólio de produtos e serviços prestados pela organização.
	17	Compreende a relação e interdependência da organização com outras esferas do poder público.
	18	Representa a organização ou área junto a parceiros e outros públicos da organização, demonstrando segurança.
	19	Avalia a situação organizacional sob diferentes ângulos e perspectivas.
	20	Compreende a estratégia da organização, seus objetivos e relações de causa e efeito.
	21	Analisa os objetivos estratégicos, desdobrando-os em metas individuais, grupais e funcionais coerentes.
Sociedade (SOC)	22	Toma decisões levando em conta os possíveis impactos sobre o meio ambiente e comunidade.	Brandão et al. (2010)Brandão, H. P, Borges-Andrade, J. E., Freitas, I. A., & Vieira, F. T. (2010). Desenvolvimento e estrutura interna de uma escala de competências gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa , 26 (1),171-182. doi:10.1590/S0102-37722010000100019 ; Oliveira et al., (2010)Oliveira, F.B., Sant’Anna, A. S., & Vaz, S. L. (2010). Liderança no contexto da nova administração pública: uma análise sob a perspectiva de gestores públicos de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Revista de Administração Pública , 44 (6), 1453-1475. doi:10.1590/S0034-76122010000600009 ; Ésther (2011)Ésther, A. B. (2011). As competências gerenciais dos reitores de universidades federais em Minas Gerais: a visão da alta administração. Cadernos EBAPE.BR , 648-667. Retrieved from http://bit.ly/3tOfQ2Y http://bit.ly/3tOfQ2Y... ; Gloria Jr. et al., (2014); Godoy e D'Amélio (2012)
	23	Promove o envolvimento da sociedade nas ações realizadas pela organização.
	24	Promove ações que contribuem para o desenvolvimento sustentável da comunidade, demonstrando preocupação com questões sociais.
	25	Estimula os integrantes da equipe a agirem de acordo com os princípios de responsabilidade social e ambiental da organização.
	26	Pauta suas ações em condutas éticas, sendo exemplo para a equipe e demais colaboradores.
Gestão interna (GIN)	27	Acompanha a conformidade dos processos sob sua responsabilidade, observando leis, normas e procedimentos estabelecidos.	Mohrman e Worley (2009)Mohrman, S. A., Worley, C. G. (2009). Dealing with rough times: A capabilities development approach to surviving and thriving. Human Resource Management , 48 (3), 433-445. doi:10.1002/hrm.20292 ; Bündchen et al. (2011)Bündchen, E., Rossetto, C. R., Silva, A. B. (2011). Competências gerenciais em ação – caso do Banco do Brasil. Revista Eletrônica de Administração , 17 (2), 396-423. doi:10.1590/S1413-23112011000200004 ; Fleury e Fleury (2001)Fleury, A. C. C., Fleury, M. T. L. (2001). Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira (2a ed.). São Paulo, SP: Atlas. ; Brandão et al. (2010)Brandão, H. P, Borges-Andrade, J. E., Freitas, I. A., & Vieira, F. T. (2010). Desenvolvimento e estrutura interna de uma escala de competências gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa , 26 (1),171-182. doi:10.1590/S0102-37722010000100019 Katz (1955)Katz, R. L. (1955). Skills of an effective administrator. Harvard Business Review, 33(1), 33-42. ; Quinn et al. (2003)Quinn, R. E., Faerman S. R., Thompson, M. P., McGrath, M. (2003). Competências gerenciais: princípios e aplicações. Rio de Janeiro, RJ: Campus. ; Ésther (2011)Ésther, A. B. (2011). As competências gerenciais dos reitores de universidades federais em Minas Gerais: a visão da alta administração. Cadernos EBAPE.BR , 648-667. Retrieved from http://bit.ly/3tOfQ2Y http://bit.ly/3tOfQ2Y... ; Gloria Jr. et al., (2014); Yulk (2010)Yulk, G. (2010). Leadership in organizations . (7a ed.). Upper Saddle River: Prentice Hall. ; Godoy e D'Amelio (2012); Santos (2014)Santos, A. P. (2014). Competências para a carreira de gestores governamentais: desenvolvimento e evidências de validade de uma escala. Revista de Gestão , 21 (1), 27-41. doi:10.5700/rege517 ; Freitas e Odelius (2017)Freitas, P. F. P., Odelius, C. C. (2017). Escala de competências gerenciais em grupos de pesquisa. Revista de Administração FACES , 16 (4), 45-65. doi:10.21714/1984-6975FACES2017V16N4ART4134 ; Comin et al. (2017)Comin, L. C., Severo, E. A., Dall Agnol, C. F., Medeiros, L. S., & Guimarães, J. C. F. (2017). Competências gerenciais: uma perspectiva dos gestores das empresas do agronegócio. Perspectivas em Gestão & Conhecimento , 7 (1), 228-243. doi:10.21714/2236-417X2017v7n1p228
	28	Monitora a qualidade dos processos internos para evitar retrabalho.
	29	Localiza rapidamente as informações que necessita por meio de base de dados e sistemas da organização.
	30	Organiza as atividades e tarefas, discernindo entre prioridades e rotinas.
	31	Aprimora continuamente os processos de trabalho para otimizar a utilização de recursos disponíveis.
	32	Gerencia projetos sob a responsabilidade da equipe, monitorando escopo, prazos e recursos.
	33	Controla despesas administrativas.
	34	Identifica, combina e aplica recursos organizacionais disponíveis (materiais, tecnológicos, financeiros etc.) a fim de garantir a continuidade das ações.
Gestão de equipes (EQU)	35	Mobiliza e articula esforços dos funcionários em torno de propósitos comuns.	Mohrman e Worley (2009)Mohrman, S. A., Worley, C. G. (2009). Dealing with rough times: A capabilities development approach to surviving and thriving. Human Resource Management , 48 (3), 433-445. doi:10.1002/hrm.20292 ; Katz (1955)Katz, R. L. (1955). Skills of an effective administrator. Harvard Business Review, 33(1), 33-42. ; Bündchen et al. (2011)Bündchen, E., Rossetto, C. R., Silva, A. B. (2011). Competências gerenciais em ação – caso do Banco do Brasil. Revista Eletrônica de Administração , 17 (2), 396-423. doi:10.1590/S1413-23112011000200004 ; Fleury e Fleury (2001)Fleury, A. C. C., Fleury, M. T. L. (2001). Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira (2a ed.). São Paulo, SP: Atlas. ; Brandão et al. (2010)Brandão, H. P, Borges-Andrade, J. E., Freitas, I. A., & Vieira, F. T. (2010). Desenvolvimento e estrutura interna de uma escala de competências gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa , 26 (1),171-182. doi:10.1590/S0102-37722010000100019 ; Ésther (2011)Ésther, A. B. (2011). As competências gerenciais dos reitores de universidades federais em Minas Gerais: a visão da alta administração. Cadernos EBAPE.BR , 648-667. Retrieved from http://bit.ly/3tOfQ2Y http://bit.ly/3tOfQ2Y... ; Amaral (2006)Amaral, H. K. (2006). Desenvolvimento de competências de servidores na administração pública brasileira. Revista do Serviço Público , 57 (4), 549-563. doi:10.21874/rsp.v57i4.211 ; Cardoso (2009)Cardoso, A. L. J. (2009). Percepções de gestores sobre competências gerenciais em diferentes contextos: estabilidade e mudança organizacional. REBRAE Revista Brasileira de Estratégia, 2 , 147-169. Retrieved from https://bit.ly/3f3ZGhX https://bit.ly/3f3ZGhX... ; Oliveira et al., (2010)Oliveira, F.B., Sant’Anna, A. S., & Vaz, S. L. (2010). Liderança no contexto da nova administração pública: uma análise sob a perspectiva de gestores públicos de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Revista de Administração Pública , 44 (6), 1453-1475. doi:10.1590/S0034-76122010000600009 ; Gloria Jr. et al., (2014); Quinn et al. (2003)Quinn, R. E., Faerman S. R., Thompson, M. P., McGrath, M. (2003). Competências gerenciais: princípios e aplicações. Rio de Janeiro, RJ: Campus. ; Godoy e D'Amélio (2012); Freitas e Odelius (2017)Freitas, P. F. P., Odelius, C. C. (2017). Escala de competências gerenciais em grupos de pesquisa. Revista de Administração FACES , 16 (4), 45-65. doi:10.21714/1984-6975FACES2017V16N4ART4134 ; Santos (2014)Santos, A. P. (2014). Competências para a carreira de gestores governamentais: desenvolvimento e evidências de validade de uma escala. Revista de Gestão , 21 (1), 27-41. doi:10.5700/rege517 ; Comin et al. (2017)Comin, L. C., Severo, E. A., Dall Agnol, C. F., Medeiros, L. S., & Guimarães, J. C. F. (2017). Competências gerenciais: uma perspectiva dos gestores das empresas do agronegócio. Perspectivas em Gestão & Conhecimento , 7 (1), 228-243. doi:10.21714/2236-417X2017v7n1p228
	36	Estimula o comprometimento das pessoas e equipes com os objetivos da organização.
	37	Colabora com colegas de trabalho a fim de concretizar objetivos da organização.
	38	Mantém um bom relacionamento interpessoal com colegas e clientes, prezando por um clima de harmonia.
	39	Adota medidas preventivas e corretivas para melhoria da saúde, bem-estar e qualidade de vida de sua equipe.
	40	Age com imparcialidade no trato com os membros da equipe.
	41	Delega atividades, tornando claro para a equipe os papéis e objetivos a serem atingidos.
	42	Orienta a atuação da equipe, comunicando claramente suas expectativas sobre o desempenho.
	43	Distribui adequadamente as tarefas entre os integrantes da equipe de acordo com as capacidades de cada um.
	44	Transmite a missão e os objetivos da organização com clareza a seus subordinados.
	45	Estimula a participação dos funcionários na tomada de decisões e valoriza a contribuição oferecida por eles.
	46	Toma decisões, baseando-se nas competências e limitações da área/função.
	47	Gerencia conflitos para manter coesão e harmonia entre os funcionários.
	48	Promove o desenvolvimento profissional da equipe com oportunidades de capacitação.
	49	Reconhece e elogia a realização de um bom trabalho.
	50	Pratica a comunicação aberta e transparente, mantendo as pessoas informadas sobre planos e processos organizacionais.
	51	Comunica-se de modo a gerar entusiasmo.
	52	Ouve os interlocutores com atenção.
	53	Transmite feedbacks à equipe continuamente.
Autodesenvolvimento (AUTO)	54	Possui alto grau de dinamismo e motivação pessoal.	Katz (1955)Katz, R. L. (1955). Skills of an effective administrator. Harvard Business Review, 33(1), 33-42. ; Bündchen et al., (2011)Bündchen, E., Rossetto, C. R., Silva, A. B. (2011). Competências gerenciais em ação – caso do Banco do Brasil. Revista Eletrônica de Administração , 17 (2), 396-423. doi:10.1590/S1413-23112011000200004 ; Fleury e Fleury (2001)Fleury, A. C. C., Fleury, M. T. L. (2001). Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira (2a ed.). São Paulo, SP: Atlas. ; Brandão et al. (2010)Brandão, H. P, Borges-Andrade, J. E., Freitas, I. A., & Vieira, F. T. (2010). Desenvolvimento e estrutura interna de uma escala de competências gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa , 26 (1),171-182. doi:10.1590/S0102-37722010000100019 ; Ésther (2011)Ésther, A. B. (2011). As competências gerenciais dos reitores de universidades federais em Minas Gerais: a visão da alta administração. Cadernos EBAPE.BR , 648-667. Retrieved from http://bit.ly/3tOfQ2Y http://bit.ly/3tOfQ2Y... ; Amaral (2006)Amaral, H. K. (2006). Desenvolvimento de competências de servidores na administração pública brasileira. Revista do Serviço Público , 57 (4), 549-563. doi:10.21874/rsp.v57i4.211 ; Cardoso (2009)Cardoso, A. L. J. (2009). Percepções de gestores sobre competências gerenciais em diferentes contextos: estabilidade e mudança organizacional. REBRAE Revista Brasileira de Estratégia, 2 , 147-169. Retrieved from https://bit.ly/3f3ZGhX https://bit.ly/3f3ZGhX... ; Oliveira et al., (2010)Oliveira, F.B., Sant’Anna, A. S., & Vaz, S. L. (2010). Liderança no contexto da nova administração pública: uma análise sob a perspectiva de gestores públicos de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Revista de Administração Pública , 44 (6), 1453-1475. doi:10.1590/S0034-76122010000600009 ; Gloria Jr. et al.; (2014), Quinn et al. (2003)Quinn, R. E., Faerman S. R., Thompson, M. P., McGrath, M. (2003). Competências gerenciais: princípios e aplicações. Rio de Janeiro, RJ: Campus. ; Freitas e Odelius (2017)Freitas, P. F. P., Odelius, C. C. (2017). Escala de competências gerenciais em grupos de pesquisa. Revista de Administração FACES , 16 (4), 45-65. doi:10.21714/1984-6975FACES2017V16N4ART4134
	55	Identifica oportunidades de autodesenvolvimento e cria diferenciação profissional.
	56	Pratica a reflexão sobre a própria performance e atuação e busca aprender a aprender.
	57	Busca ampliar seus conhecimentos por meio de cursos, seminários e estudos, não se limitando apenas a sua função.
	58	É inovador ao apresentar ideias não convencionais, pensando “fora da caixa”.
	59	Mantém o otimismo e busca alternativas para tentar novamente quando as coisas não dão certo.
	60	Demonstra iniciativa, agindo como pioneiro na busca de resultados para a organização.
	61	Demonstra equilíbrio para gerenciar situações de estresse no trabalho.
	62	É comprometido com a prestação de serviços públicos.
	63	É eficaz nas negociações, conseguindo apoio às suas ideias a fim de estabelecer acordos e compromissos.

Fator	Nº	Item	Categoria do item original	Carga fatorial
Contribuição para a estratégia Alfa de Cronbach: 0,937 Autovalor: 11,636	1	Direcionar ações para viabilizar o alcance de objetivos organizacionais a partir da análise do papel das diferentes unidades funcionais e suas interações.	EST	0,819
	2	Monitorar a qualidade dos processos internos para evitar retrabalho.	GIN	0,788
	3	Analisar os objetivos estratégicos, desdobrando-os em metas coerentes para unidades, equipes e indivíduos.	EST	0,773
	4	Traçar estratégias para atingir resultados a longo prazo.	EST	0,724
	5	Identificar alternativas de atuação estratégica compatíveis com a realidade organizacional.	EST	0,719
	6	Identificar problemas organizacionais com antecedência, atuando proativamente para solucioná-los.	AUTO	0,704
	7	Aprimorar continuamente os processos de trabalho para otimizar a utilização de recursos disponíveis (materiais, tecnológicos e humanos, por exemplo).	GIN	0,694
	8	Identificar previamente futuras mudanças no ambiente de negócios da organização.	EST	0,688
	9	Compreender como as relações entre objetivos impactam no alcance da estratégia organizacional.	EST	0,655
	10	Formular planos, estabelecendo objetivos, metas, atribuições, prazos e prioridades.	EST	0,600
	11	Formular cenários, identificando forças, fraquezas, ameaças e oportunidades para a organização.	EST	0,597
	12	Adaptar-se rapidamente em situações de mudança.	AUTO	0,579
	13	Localizar rapidamente as informações que necessita por meio da base de dados e sistemas da organização.	GIN	0,532
	14	Gerenciar conflitos para manter coesão e harmonia entre os funcionários.	EQU	0,498
	15	Acompanhar a conformidade dos processos sob sua responsabilidade, observando leis, normas e procedimentos estabelecidos.	GIN	0,479
	16	Pautar suas ações, considerando características dos produtos e serviços prestados pela organização.	EST	0,477
	17	Controlar despesas administrativas, visando reduzir os custos da sua unidade e da organização.	GIN	0,474
	18	Transmitir feedbacks à equipe continuamente.	EQU	0,457
Prestação de serviços públicos Alfa de Cronbach: 0,824 Autovalor: 1,159	19	Promover ações que contribuem para o desenvolvimento sustentável da comunidade, demonstrando preocupação com questões sociais.	SOC	0,827
	20	Realizar seu trabalho de modo a assegurar a prestação de serviços públicos de qualidade para a sociedade.	SOC	0,638
	21	Promover o envolvimento da sociedade nas ações realizadas pela organização.	SOC	0,578
	22	Tomar decisões, levando em conta os possíveis impactos sobre o meio ambiente e comunidade.	SOC	0,537
	23	Gerenciar o relacionamento com clientes com base no respeito, cortesia e ética.	CLI	0,529
	24	Comunicar-se com o cliente com linguagem clara, objetiva e acessível.	CLI	0,513
	25	Buscar ampliar seus conhecimentos por meio de cursos, seminários e estudos, não se limitando apenas a sua função.	AUTO	0,495
	26	Assegurar atendimento de excelência ao cliente, procurando satisfazer às suas expectativas.	CLI	0,467
Gestão de equipes Alfa de Cronbach: 0,808 Autovalor: 0,964	27	Delegar atividades, esclarecendo para a equipe os papéis e objetivos a serem atingidos.	EQU	0,692
	28	Orientar a atuação da equipe, comunicando claramente as expectativas quanto a desempenho e resultados.	EQU	0,582
	29	Distribuir adequadamente as tarefas entre os integrantes da equipe de acordo com as capacidades de cada um.	EQU	0,550
	30	Tratar os membros da equipe com imparcialidade.	EQU	0,430
		Variância total explicada: 45,9%

	Denominação do fator	Definição
Fator 1	Contribuição para a estratégia	Abrange competências relacionadas à compreensão e desenvolvimento do negócio, alinhamento entre estratégia e ação, análise do ambiente e aprimoramento de processos com foco na melhoria contínua.
Fator 2	Prestação de serviços públicos	Abrange competências relativas à promoção do desenvolvimento regional sustentável e à qualidade, transparência e confiabilidade no relacionamento com a sociedade enquanto cliente direta dos serviços prestados pela organização.
Fator 3	Gestão de equipes	Abrange competências relativas à mobilização e articulação de pessoas e equipes, incluindo habilidades de relacionamento interpessoal e habilidades de coordenação, comunicação e liderança para construção de esforço colaborativo.

Escala	Fator	Média	Desvio padrão	Mediana
Competências Gerenciais	Fator 1 – Contribuição para a estratégia	3,78	0,65	3,77
	Fator 2 – Prestação de serviços públicos	4,15	0,57	4,12
	Fator 3 – Gestão de equipes	4,08	0,67	4,00

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[1] Autoria

Luísa Magalhães Coelho Ávila Paz

Mestre em Administração pela Universidade de Brasília. Administradora na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal, atuando em cargos de gestão nas áreas de gestão de pessoas, desenvolvimento e modernização institucional. E-mail: luisamagalhaess@gmail.com

Catarina Cecília Odelius

Doutora em Psicologia do Trabalho pela Universidade de Brasília. Professora associada aposentada da Universidade de Brasília tendo atuado no PPGA-Programa de Pós-Graduação da UnB em pesquisas com foco em aprendizagem em organizações, inovações, competências (profissionais, gerenciais, acadêmicas) e redes sociais, bem como em aspectos que influenciam as políticas e práticas de gestão de pessoas. E-mail: codelius@unb.br