Este artigo explora a maneira como as representações familiares e a sexualidade constituem o processo de influência das pessoas em linha de comando no interior das organizações. A vivência familiar é o fundamento da psique primária, da psique familiar e da sexualidade dos indivíduos que são constantemente reelaborados e experimentados quotidianamente na dinâmica dos grupos secundários e nas relações interpessoais no contexto das organizações. Em seguida, esse processo é ilustrado pelo estudo de dois casos: (a) os gerentes de um grupo numa instituição bancária no Canadá e (b) os dirigentes e gerentes de uma empresa do ramo de alimentos no Brasil. Este estudo contribui para ume melhor compreensão das representações familiares em contexto organizacional na medida em que, além de serem determinadas pela sexualidade, elas conferem aos dirigentes e gerentes um repertório de significações que é utilizado e reelaborado para legitimar o exercício de sua influência.