Resumo
Este artigo objetiva refletir sobre a concepção de trabalho no campo da Economia Criativa, bem como sobre a contribuição de tal conceito para o entendimento da cultura em organizações no contexto contemporâneo. Refere-se a uma pesquisa exploratória de cunho bibliográfico e documental. O marco teórico tem como base as noções de trabalho, com ênfase no trabalho imaterial (Lazzarato & Negri, 2001Lazzarato, M., & Negri, A. (2001). Trabalho imaterial. Rio de Janeiro, RJ: DP&A.; Schwartz & Durrive, 2015Schwartz, Y., & Durrive, L. (Orgs.). (2015). Trabalho e ergologia II: Diálogos sobre a atividade humana (Trabalho e Sociedade series). Belo Horizonte, MG: Fabrefactum.), rizoma (Deleuze & Guattari, 2000Deleuze, G., & Guattari, F. (2000). Rizoma. In G. Deleuze, & F. Guattari, Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia 2 (Vol. 1, pp. 10-36). São Paulo, SP: Editora 34 .) e poder simbólico (Bourdieu, 2002Bourdieu, P. (2002). O poder simbólico. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil.) para refletir o contexto da Economia Criativa (Florida, 2011Florida, R. (2011). A ascensão da classe criativa: E seu papel na transformação do trabalho, do lazer, da comunidade e do cotidiano. Porto Alegre, RS: L&PM Editores.; Howkins, 2013Howkins, J. (2013). Economia criativa: Como ganhar dinheiro com ideias criativas. São Paulo, SP: M.Books.). Como resultado principal desta reflexão teórica inicial, compreende-se que as interações pretendidas para e por trabalhadores da Economia Criativa transitam entre uma perspectiva rizomática e libertária e outra estrutural e baseada nos valores compartilhados. Nesse caso, as organizações assumem uma configuração diferenciada mediante a cultura expressa por normas e disputas simbólicas, incorporadas por cada grupo na condução de seus projetos.
Palavras-chave:
Trabalho; Economia Criativa; Cultura; Rizoma; Poder Simbólico