Este trabalho é resultado do estudo da PARATODOS BAHIA, uma organização contraventora, que gere de forma monopolista o jogo do bicho nas cidades de Salvador e Lauro de Freitas, ambas na Bahia. O interesse em analisá-la, advém do fato da mesma apresentar peculiaridades não encontradas nas organizações comumente estudadas, bem como revelar a ambiguidade de uma Sociedade que ao mesmo tempo condena e pratica o ilícito. Na abordagem deste texto analisamos o objeto à luz do imaginário simbólico, da formação de redes e da liderança, todos como mecanismos indispensáveis à sobrevivência e permanência da organização no tempo e no espaço, principalmente pelo caráter virtual adquirido no decorrer da prática da atividade.
Contravenção; redes organizacionais; liderança; imaginário simbólico; ambiguidade; virtualidade