RESUMO
Considerar o ser humano em sua integralidade e entendê-lo como um ser espiritual, que não separa o existencial do instrumental e que encontra e molda os significados do que vive na ação, pode ser um caminho para repostas mais adequadas à sociedade atual (LINCOLN; GUBA, 2006). No presente artigo, relacionamos conceitos e práticas na arte russa com a Aprendizagem Organizacional (AO). A partir das ideias de Vygotsky em Estimulação Dupla e o Ascender do Abstrato para o Concreto, utilizadas em teorias da aprendizagem como a Teoria da Atividade Histórico-Cultural, procuramos relacionar o potencial da arte de estimular e desenvolver a aprendizagem do homem como ser espiritual com a AO. A arte tem a possibilidade de despertar uma força espiritual que pode mover o homem e “acordá-lo” para o seu papel de agência, de transformador de sua vida e de sua realidade. Esta relação se estabelece com a proximidade de Vygotsky e Stanislavski, e utilizamos o método do dramaturgo russo para propormos um esboço de método que considera a arte como remédio e cura para as organizações compreenderem o ser humano em sua integralidade e constituírem-se em espaços de desenvolvimento.
Palavras-chave:
Aprendizagem organizacional; Arte; Espiritualidade