RESUMO
O nosso entendimento sobre a dimensão temporal da internacionalização é ainda bastante incompleto. Com base nessa escassez de conhecimento, o objetivo deste artigo é analisar como os processos de internacionalização na firma podem ser categorizados com base na velocidade das alterações modais. Nós construímos um estudo de caso incorporado de natureza qualitativa e perspectiva longitudinal da internacionalização de uma empresa brasileira de pequeno-médio porte que entrou em 16 mercados estrangeiros ao longo de mais de três décadas. Os resultados indicam que os processos de internacionalização podem ser classificados em três grupos quanto à velocidade: Processo de Internacionalização Imóvel, Processo de Internacionalização Inerte e Processo de Internacionalização Acelerado. Com isso, nós chamamos atenção para a assincronia entre aprendizagem e alteração de modo nos processos de internacionalização da firma. Ademais, nós sugerimos uma nova concepção da internacionalização propondo a existência de vários processos de internacionalização que se desenrolam em velocidades distintas em uma mesma firma.
Palavras-chave:
Velocidade; Processo de internacionalização; Internacionalização de MPMES; Aprendizagem e alteração de modo